As mulheres demoram para conquistar o seu espaço no cinema, porém atualmente as coisas têm mudado significativamente para as atrizes e muitas franquias de sucesso concederam destaque às mulheres nas telonas.
Este ano teremos o filme da “Mulher Maravilha” uma super-heroína que exala feminilidade. Já em 2015 tivemos a Rey (Daisy Ridley) que ganhou espaço como a primeira protagonista feminina em Star Wars consecutivamente em 2016 uma nova personagem foi colocada em foco da franquia, a carismática Jyn Erso (Felicity Jones). Ainda no ano anterior, estreou o reboot de “As Caça-Fantasmas” também protagonizado por um elenco predominante feminino, que por sinal causou muitas discussões na época de seu lançamento, tanto positivas quanto negativas.
Apesar disto, sabemos que existe uma disparidade no salário entre homens e mulheres em Hollywood, assunto levantado pela atriz Natalie Portman que decidiu falar sobre o seu rendimento no filme “Sexo sem Compromisso” (2011), no qual ela mencionou que ganhou três vezes menos que Ashton Kutcher. O caso é recorrente e os atores seguem sendo mais bem pagos na indústria cinematográfica. Dwayne Johnson por exemplo é considerado o ator masculino mais bem pago, faturando 64 milhões de dólares no último ano. Já Jennifer Lawrence é a atriz mais bem paga do mundo, pelo segundo ano consecutivo, com ganhos de mais de US$ 46 milhões, mas que ainda assim são inferiores ao universo masculino.
Com isso, sabemos que as mulheres ainda têm muito a conquistar, no entanto, hoje é o Dia da Mulher e selecionei grandes papéis que marcaram o cinema demonstrando a força, determinação e sutileza de atrizes cada vez mais consolidadas na sétima arte.
Alien (1979) – Tenente Ripley
No clássico filme de 79, a tripulação da nave Nostromo encontra um ninho de ovos alienígena que gera um ser monstruoso que infecta e aterrorizar a todos presentes. Sigourney Weaver encarna a tenente Ripley, personagem que desconstrói o clichê típico da mocinha vítima em ficção cientifica que precisa ser salva por algum homem. Aqui ela se mostra forte, habilidosa e esperta, sobrevivendo a todo custo do “Alien” e redefinido o papel da mulher nessas produções. A personagem marcou a carreira da atriz e recebeu uma indicação ao Oscar de Melhor Atriz pela sequência do filme.
Para Sempre Alice (2014) – Dra. Alice Howland
“Para sempre Alice” conta a história de Dra. Alice Howland (Julianne Moore) que no ápice de sua carreira foi surpreendida por uma doença cruel, o Mal de Alzheimer, agora tem de lidar com todo o seu sofrimento e se apoiar em sua família durante o período de sua enfermidade. A atriz explana a dor de uma mulher bem sucedida que precisa aprender a lidar com a doença, colocando vitalidade e delicadeza em alta nessa atuação brilhante que lhe rendeu o Oscar em 2015.
As Sufragistas (2015) – Maud Watts
Baseado em eventos reais, indagando a seguinte questão: Até que ponto se deve lutar pelos direitos das mulheres?
Maud Watts (Carey Mulligan) lutou pelas causas em apoio à mulher quando foi decidido que elas não deviam exercer o julgamento em assuntos políticos. Maud acaba colocando a sua família em risco pela sua luta e a de milhares de mulheres britânicas em “As “Sufragistas”.
Esse é um dos filmes que particularmente mexeu comigo e me fez pensar sobre toda a trajetória que a mulher tem que enfrentar em busca de igualdade.
O Diabo Veste Prada (2006) – Miranda Priestly
Miranda Priestly é a editora chefe da “Runway”, trata-se de uma personagem que marcou uma era e se tornou uma referência para falar sobre gestão, incitando um exemplo de mulher poderosa.
É claro, que nada seria sem a atuação magnífica de Meryl Streep que é uma das melhores atrizes de todos os tempos.
https://www.youtube.com/watch?v=zEpXbSU28vA
Doce Vingança (2010) – Jennifer Hills
Alguns crimes são tão terríveis que a única forma de justiça é a vingança. Com essa sede Jennifer Hills (Sarah Butler) vai atrás de um a um dos homens que invadiram a sua casa, e a estupraram.
O que ela queria era apenas ficar sossegada, mas, teve a sua intimidade invadida até o ponto de não hesitar em se vingar, e é óbvio que não é indicado que toda a mulher seja adepta a essa postura, porém a sensação que temos é de sermos vingadas de todos os assédios e abusos, apenas pelo fato de ser mulher.
Este filme é um remake do filme produzido em 1978, “Day of The Woman”, que no Brasil ganhou o nome de “A Vingança de Jennifer” e depois foi intitulado como “Doce Vingança”.
Mad Max (2015) – Furiosa
“Mad Max: Estrada da Fúria” acontece após a destruição do mundo, onde Max precisa se aliar à Furiosa e suas garotas para sobreviver ao ditador Immortan Joe em uma perseguição sem fim pelo deserto apocalítico recheados de máquinas absurdas. Tudo levava a entender que Max seria o grande destaque do filme, mas, todo o foco fica para Furiosa. Com sua história complexa e elaborada que movimenta a trama, Charlize Theron rouba a cena como uma mulher destemida, endurecida pela vida e que parece não ter medo de nenhum inimigo.
Jogos Vorazes (2012) – Katniss Everdeen
Dando vida a Katniss Everdeen foi que Jennifer Lawrence virou uma das queridas de Hollywood em “Jogos Vorazes”, filme que trata de uma temática política em que distritos são destinados a brigar pela sua sobrevivência e levantar à questão da desigualdade social. Katniss se determina a lutar pelos seus ideais e proteger sua família que não dispõe de uma figura paterna e se torna uma alusão a seu distrito.
Todo ano era lançado um filme da franquia que contou sua história no período de 2012 a 2015, e Katniss deixou uma mensagem muito positiva na cabeça de jovens e adolescentes.
Garota Exemplar (2015) – Amy Elliott Dunne
Amy Elliot Dunne (Rosamund Pike) vive uma mulher insana que você não imagina do que ela é capaz.
A cada cena deste filme você não vai acreditar no que está acontecendo, chega a ficar em dúvida de quem realmente está dizendo a verdade. Trata-se de uma mulher completamente descontrolada por atenção, que se mostra astuta e inteligente apesar de não usar isto ao seu favor. Aqui a paixão acaba e a loucura começa e o resultado é a melhor atuação da carreira de Pike.
Os Oito Odiados – Daisy Domergue
Já imaginou ficar rodeada por sete homens nos violentos tempos de faroeste? Em Os Oito Odiados, filme de Tarantino, ele representa a mulher através da astuta Daisy Domergue (Jennifer Jason Leigh) que apresenta uma atuação insana, carismática e engraçada. A trama se desenrola em uma cabana onde oito indivíduos suspeitos ficam presos em uma nevasca entre mentiras, ressentimentos da Guerra Civil, diálogos afiados e reviravoltas das quais você sempre verá Daisy estar um passo à frente de todos ali mesmo estando em menor número.
Comer, Rezar e Amar (2010) – Liz Gilbert
Julia Roberts (Liz Gilbert) passa por um período em que precisa se encontrar, após o seu divórcio ela precisa descobrir o real sentido de sua vida.
Muitas mulheres devem se sentir assim, por um momento querem sumir do seu trabalho e/ou sua casa ou se questionam se estão no caminho certo, não é mesmo?
Através das ações “Comer, Rezar e Amar”, Liz elabora um trajeto de viagem que a faz repensar a sua vida, aprender a amar e valorizar a si mesma.