Al Pacino, o gênio de sua geração!

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Alfredo James Pacino, mundialmente conhecido como Al Pacino, nasceu em Nova York em 25 de Abril de 1940 (74 anos), muitos conhecem seus mais brilhantes papéis, como Tony Montana ou Michael Corleone, mas desconhecem a trajetória o que fez ser um dos maiores atores que já vimos.

Filho de imigrantes Italianos, Al Pacino iniciou sua longa trajetória no “Actors Studio” em 1966, aonde foi instruído por ninguém menos que Lee Strasberg (um dos principais responsáveis pela carreira de Marilyn Monroe), sua desenvoltura e capacidade de atuação nos teatros foram notáveis, e logo começaram a chamar a atenção de Hollywood (logo chegaremos lá).

Em 1967 fez parte de duas peças, “Awake and Sing!” e “America, Hurrah”, mas no ano seguinte, veio seu primeiro prêmio, por “The Indian Wants the Bronx”, aonde recebeu a premiação de melhor ator, do Obie Award (Off-Broadway Theater Awards; um dos principais prêmios do teatro americano). Daí em diante, sua carreira começou a se elevar exponencialmente, houveram muitos prêmios, as críticas sempre positivas.

 

Para conhecer Al Pacino, destaco 3 grandes momentos de sua carreira:


THE GODFATHER / O PODEROSO CHEFÃO

E em 1972, surgiu a oportunidade que faria sua carreira mudar de uma vez por todas, por suas excelentes atuações nos palcos, acabou chamou a atenção do jovem diretor, Francis Ford Coppola, que lhe confiou o papel de Michael Corleone, na adaptação para o cinema do livro The Godfather (O Poderoso Chefão), o que mais tarde se tornaria, um dos principais filmes da história do cinema.
No que a maioria das pessoas considera ser o papel de sua vida, a aposta de Copola, que tinha cotado para o papel, nomes já consagrados como Robert Redford, Robert DeNiro, e até mesmo Jack Nicholson (se surpreendam!), se mostrou um tanto quanto eficiente, a atuação de Al Pacino, em parceria com o brilhantismo de Marlon Brando, fizeram do filme uma verdadeira obra prima.

Vito and Michael Corleone

Encarando um dos personagens principais da trama, que tem um papel essencial ao longo de toda a história, era necessário que o ator escolhido funcionasse razoavelmente bem, mas felizmente, não foi isso que aconteceu. Como se é esperado, o gênio superou todas as expectativas, conseguimos ver a sutil transformação de Michael ao longo do filme, com pequenos detalhes que vão ganhando forma e força ao decorrer da história, o herói americano do início, dá lugar ao verdadeiro demônio, poucas pessoas conseguiriam fazer essa demonstração com tanta habilidade e sutileza, tal atuação lhe fez ser indicado para o seu primeiro Oscar, como ator coadjuvante em 1972 (prêmio que acabou ficando com Joel Grey, por Cabaret).

Nas sequência, “The Godfather – Part II”, Al Pacino ganhou um novo destaque, o filme era praticamente todo seu (não esquecendo do jovem Don Vito, interpretado brilhantemente por DeNiro), com um personagem já estabelecido, e sem a necessidade da aprovação pública, foi a hora de mostrar qual o tamanho que ele conseguiria dar a Michael, e a fórmula se repetiu, sucesso! A crítica veio abaixo naquele ano (1974), todos ficaram maravilhados com tamanho talento apresentado. Quem não se arrepiou com “Fredo, you broke my heart!” ? Sem dúvidas, uma das imagens mais marcantes de toda a história do cinema!

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Durante toda a década de setenta, Al Pacino somente participou  de produções de renome, tais como “Serpico” ,”Um Dia de Cão” e “Justiça para Todos”, todas as atuações foram premiadas em diversos festivais pelo mundo.

O seu próximo grande sucesso viria em breve, em 1983, em parceria com Brian de Palma, o remake de Scarface, aonde dava vida ao imigrante cubano Tony Montana, que ao fugir de seu país, vê nos EUA, uma oportunidade de crescer, e consegue fazer um verdadeiro império das drogas. Outro papel no qual Al Pacino mostra toda sua habilidade e imprevisibilidade, um filme mais violento do que o normal (inclusive, esse longa foi banido em vários países devido a isso), explosivo, e carismático, Tony nos leva a questionar a todo momento, qual seria sua próxima ação. Um dos maiores clássicos , que todo cinéfilo DEVE assistir.
“SAY HELLO TO MY LITTLE FRIEND!!!”

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SCENT OF WOMAN / PERFUME DE MULHER 

Em 1992, no filme que lhe rendeu seu primeiro Oscar, dirigido por Martin Brest, um drama baseado no italiano “Profumo di donna”, “Perfume de mulher” conta a história de um militar cego aposentado, que viaja escondido da família junto de seu ajudante, Charlie Simms (Chris O’Donnell), com o sonho de ter uma última semana perfeita antes de morrer.

Mostrando todas sua frustração, solidão, amargura, e seus sonhos perdidos, roubados com o tempo, o Tenente-Coronel Frank Slade, nos mostra o quão fundo um homem pode chegar, levando a acreditar que a morte seja o melhor dos caminhos a seguir. Nesse personagem, Al Pacino, consegue nos levar a margem dos sentimentos, conseguimos sentir e vivenciar cada um deles, como se fossem nossos próprios, chegando ao limite, ao desespero.

Destaco a belíssima cena do Tango no restaurante (você conhece essa música, mas talvez não conheça a cena):

 


Al Pacino, é esse tipo de gênio que nasce a cada geração, indicado a 15 vezes ao Globo de Ouro (Premiado por “Serpico” e “Angels in America”, ambos como melhor ator), e 8 vezes ao Oscar (Premiado por “Scent of Woman”, também como melhor ator), seu processo de construção de personagem, se tornou uma referência para artistas mais jovens, seus filmes se tornaram ícones na cultura pop mundial, o que dá a ele, o posto de Lenda em Hollywood!