O cinema é uma arte de incessantes descobertas, começou por filmes curtinhos, filmados com a câmara parada, imagens em preto e branco e sem som. Com o passar do tempo, o francês Méliès percebeu que o fantástico no cinema podia ser tão real mostrando o quanto é fundamental produzir a impressão da realidade.
No século XVII, o jesuíta Kirchner, usava uma “lanterna mágica” cujas imagens eram fixas. A busca por tentar criar imagens em movimentos continuou por séculos, pois já existia tanto a fotografia quanto a pintura que exprimiam a tentativa de realidade por meios artificiais, sendo assim, o cinema precisava de seu diferencial que seria o movimento.
Em 1873, Pierre Janssen lança a “câmera revólver” com intuito de registrar a passagem de Vênus pelo Sol. No final deste século, o inglês Muybridge cria um “fuzil fotográfico” capaz de tirar doze fotos em um segundo, ferramenta esta, que ele utiliza para fotografar e analisar o voo dos pássaros. O objetivo dessas invenções criadas acima é que o público consiga captar os movimentos, e apenas o cinema realizou o sonho do movimento, da reprodução da vida.
As tecnologias do terceiro mundo colaboraram em muitos aspectos, conforme as possibilidades de se apropriar do uso da tecnologia, os filmes ganham um novo formato. Essas invenções promovem exprimir a realidade e a visão do homem, fazendo com que os expectadores criem opinião, diligencie o seu senso crítico e acompanhem a evolução do cinema através da exibição propiciada pelas películas.
As percepções naturais concedidas aos amantes da sétima arte são de extrema valia para o conhecimento de mundo, são muitos momentos que as pessoas não conhecem na história ou na geografia de um local, a biografia de um cantor, a previsão do que pode acontecer entre outras questões. Como, por exemplo, o amor é um tema tratado de diferentes formas e todas essas cenas tornam a reprodução da realidade inventada, desejada ou de fato acontecida, ou seja, o cinema não se limita em apenas reproduzir a realidade, mas também reproduz a visão do homem em diversos temas.
“No cinema, fantasia ou não, a realidade impõe com toda a força” quando nos permitimos ir ao cinema significa: fuga à realidade e compartilhar do mundo de outras pessoas através de uma história com começo, meio e fim nem sempre o fim faz sentido ou é retratado do jeito que esperamos. Ocorre também de aguardamos a continuação de uma história como milhares de sagas que vêm sendo lançadas anualmente.
Lumière enganou-se ao afirmar que o “cinématógrapho” não tinha o menor futuro como espetáculo, serviria para fazer pesquisas e logo as pessoas se cansariam. Muitos anos se passaram, após essas descobertas que viveu várias evoluções e o cinema se transformou na arte do real que nasceu, cresceu, reproduziu, mas, nunca vai morrer.