Crítica: 2 Outonos 3 Invernos

Ambientado na França, “2 Outonos e 3 Invernos” conta a história de Arman (Vincent Macaigne) que aos 33 anos decide mudar a sua vida. Para começar, num sábado, ele resolve ir correr no parque. Ao dobrar a esquina, ele tromba com Amélie (Maud Wyler). O primeiro encontro é um choque; o segundo é como uma punhalada no coração. Uma noite, Benjamin, melhor amigo de Arman, desmaia. O médico diagnostica um derrame. Durante dois outonos e três invernos, as vidas de Amélie, Arman e Benjamin se confundem e se preenchem de encontros, acidentes, amores e memórias.

Crítica: 2 Outonos 3 Invernos

No inicio do filme, Arman apresenta o seu melhor amigo Benjamim (Baustien Bouillon) com quem ele compartilha todos os detalhes de sua vida, no entanto o jovem sofre um AVC, e mesmo se recuperando ainda é um acontecimento traumático na vida de ambos. Em seguida Katia (Audrey Baustien) cruza as suas vidas e acaba se relacionando com Benjamin.

A famosa quebra da quarta parede é usada em excessos e em alguns momentos enfada o espectador. O elenco também não é tão cativante e a forma como o roteiro apresenta os personagens no incio é cansativa, além de focar em subtramas completamente desnecessárias como é o caso do primo de Katia, Jan (Thomas Blanchard) que não acrescenta em nada na história.

Escrito e dirigido por Sébastien Betbeder, o longa é dividido em pequenos capítulos, no qual tentam nos aproximar dos personagens, oferecendo uma experiencia semelhante a de estar lendo um livro ou assistindo a um documentário. Trata-se de uma estrutura narrativa que não deve funcionar para qualquer expectador.

A direção de arte possui certas peculiaridades que auxiliam na estética documental rebuscada, usando cenários e figurinos que buscam trazer um tom de crueza e realidade condizentes tanto com seus personagens, como também com a proposta visual da história e alternando entre vários locais que criam um panorama geral e completo sobre os temas abordados.

A fotografia também apresenta diversos conceitos próprios para a linguagem da trama, trabalhando com iluminação fria e com tons neutros em determinados momentos, além de usar sépia, cores vivas e até mesmo filtros de câmeras antigas para enriquecer as histórias de cada personagem.

Em “2 Outonos e 3 Invernos” ficou claro que não há uma receita de bolo para viver a vida, e que planejamento nem sempre é sinônimo de sucesso, afinal nem tudo depende de nossas atitudes e é preciso estar disposto a encarar os imprevistos mais inimagináveis que podem surgir em nossas vidas.


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