Estreia: 23/07/2015
Direção: Chris lofing, Travis Cluff
Elenco: Cassidy Gifford, Pfeifer Brown, Reese Mishler, Ryan Shoos.
“Charlie Charlie, are you there?”
Não tem como começar a falar desse filme sem citar o estrondoso marketing o envolvendo, a brincadeira Charlie, Charlie, proporcionou muitas cenas memoráveis antes de todos descobrirem que tudo não passava de uma grande estratégia a fim de divulgar o filme. A brincadeira ficou muito famosa aqui no Brasil.
Crianças em escola de Manaus invocam charlie:
E talvez, se não fosse por todo o marketing envolvido, esse filme passaria desapercebido pelas salas de cinema e logo cairia no esquecimento, fato é que, por conta de toda expectativa criada com a “brincadeira” Charlie , Charlie, todos saíram de suas casas e foram até o cinemas saber, que filme foi esse que me enganou? Será que essas pessoas que dedicaram seu tempo a algo que já havia as enganado com uma brincadeira boba foram enganadas com um filme ruim? Veremos.
Na trama em 1993, numa escola americana, Charlie acabou morrendo em uma peça de teatro em um acidente com uma forca, nos dias atuais Reese (Reese Mishler) é um jovem que acaba de deixar o time de futebol para ingressar no clube de teatro da escola, clube esse que está reencenando a peça The Gallows, a mesma peça em que Charlie, anos atrás na mesma escola morreu.
Que diretoria de escola em sã consciência deixaria os alunos reencenarem uma peça que marcou a escola com a morte de um aluno?
Que motivos fariam um jogador do time de futebol da escola entrar para o clube de teatro?
Uma garota é claro, Reese é um péssimo ator e só está no teatro por que gosta de Pfeiffer (Pfeiffer Brown) uma das protagonistas. Seu amigo Ryan (Ryan Shoos) não se conforma com a situação e decide juntamente com Reese (que aceita numa boa) e outra amiga Cassidy (Cassidy gifford) detonar o teatro uma noite antes da peça.
Eles entram na escola a noite e coisas estranhas começam a acontecer.
O filme é gravado no formato Mockumentary, lembram de A Bruxa de Blair? Com os personagens fazendo as gravações enquanto a trama acontece, tem gente que não gosta muito do estilo, outros adoram, eu fico no meio termo, ás vezes cansa e até enjoa o telespectador que não está acostumado com as câmeras balançando pra lá e pra cá, se bem dirigido pode ser até dinâmico. Nesse filme funciona bem.
Vocês repararam que foram usados os nomes verdadeiros dos atores para os personagens? Isso foi uma sacada bem legal, os atores são praticamente novos no mercado, quase ninguém os conhece, isso serve para dar uma impressão de verdade as imagens gravadas com uma câmera de mão. Mostra-se uma grande influencia do filme que deu vida ao gênero Mockumentary, Bruxa de Blair o longa que muita gente por muito tempo acreditou ser verdade.
O roteiro do filme não é lá grande coisa, percebe-se um empenho para fazer tudo funcionar, as ligações entre presente e o passado, a ligação entre o assassino e os jovens, por mais que previsível funciona bem.
O previsível é a grande arma desse filme, muitas vezes sabemos aonde vamos nos assustar, o grande mérito para o filme é ainda assim conseguir nos assustar, A forca está longe de ser um clássico do gênero, reforço que talvez, se não fosse pelo marketing envolvido, esse filme passaria desapercebido pelo público.
Trailer do filme: