Crítica: A Odisseia dos Tontos

Baseado no livro de Eduardo Sacheri, La Noche de la Usina, 2016. “A Odisseia dos Tontos” é uma emocionante história situada em uma pequena vila da província de Buenos Aires, na Argentina, no fim de 2001. Um grupo de amigos e vizinhos perdem o dinheiro que havia conseguido reunir para reformar uma antiga cooperativa agrícola. Em pouco tempo, descobrem que sua poupança se perdeu por uma manobra realizada por um inescrupuloso advogado e um gerente de banco que contavam com informação do que ia acontecer no país, uma grave crise econômica. Quando descobrem o que aconteceu, o grupo de vizinhos decide organizar-se e preparar um minucioso plano com o objetivo de recuperar o que os pertence.

O diretor e roteirista Sebastian Borensztein (Koblic) consegue nos aproxima na sua jornada por tratar de um assunto em que muitos países estão vivendo, a crise, optando por personagens “gente como a gente” , Fermín Perlasse (Ricardo Darín) é um ex-jogador de futebol que vive a sua vida ao lado de sua mulher, Lídia (Verónica Llinás) e o casal com o seu amigo anarquista Antonio Fontana (Luis Brandoni) decidem investir em seu próprio negócio, e quantas pessoas não idealizam poder ter a sua própria empresa e sofrem golpes ou são lesadas, e a forma de falar sobre isso foi uma assertiva do roteiro que se utiliza da comédia, mas de forma ponderada.

Crítica: A Odisseia dos Tontos

O elenco tem muita química e compõem um grupo interessante de acompanhar, Daniel Aráoz (Belaúnde) em parceria com Carlos Belloso (Medina) vivem uma das cenas mais engraçadas do filme, o filho de Fermín, Rodrigo Perlassi (Chino Darín) volta da sua faculdade em La Plata para ajudar o pai (que também é seu pai na vida real), a Carmen Largio (Rita Cortese) é a maior investidora no negócio e que também vai colaborar com o plano do grupo e o vilão Manzi (Andrés Parra) que é bem caricato, mas funciona dentro da proposta do filme.

Escolhido pela Argentina para concorrer a uma vaga na categoria de Melhor Filme Estrangeiro do Oscar, “A Odisseia dos Tontos” tem seu mérito pela forma que é desenvolvido, e monta uma história estruturada e agradável de acompanhar por mais que o tema seja: A crise e as suas consequências.

Após ter assistido a este filme, fico muito aprazível em ter acesso a essa obra, e pelos os filmes na América Latina estarem conseguindo ter mais visibilidade, viver uma odisseia se trata de uma narração cheia de aventuras singulares e inesperadas e é exatamente o que o filme transmite, a nos expectadores uma “Odisseia” de pessoas que podem ser considerados “tontas”, porém não são tão tontas assim.

Trailer: