Bené (Everaldo Pontes) leva uma vida solitária no interior e descobre que tem uma grave doença. Ele precisa decidir se vai para a cidade grande, em busca de tratamento, ou se espera pelo desenvolvimento natural da enfermidade.

A obra é uma aproximação da ficção com a realidade pois representa a população, principalmente idosos, que escolhem permanecerem em suas comunidades e buscarem por tratar suas doenças através de seus chás, rezas e medidas mais simples. Letícia (Rita Carelli) grávida surge na vida de Bené e faz com que ele embarque em um amor platônico. Após o nascimento de seu filho, ela quer ir à capital de Salvador e ele opta por acompanhar, porém ele não é acolhido pela cidade como imaginava e as suas limitações físicas e financeiras fazem com que ele viva em uma linha tênue entre a lucidez e a loucura.

Crítica: Abaixo da Gravidade

Bené que antes vivia com uma comunidade onde era reconhecido, agora precisa lidar com a indiferença que as pessoas têm por ele na capital. Paralelamente somos apresentados a Maisself (Bertrand Duarte) que mesmo dispondo de recursos financeiros ele descobre na sua terapia que tem a sexualidade reprimida e que passou todos esses anos vivendo em torno de uma vida mentirosa e vazia.

O encontro com os moradores de rua, Galego (Ramon Vane) e Mierre (Fabio Vidal), são o retrato de que aqueles humanos são fruto da desumanidade e fazem a gente pensar: Como as pessoas podem chegar a este nível tão caótico?

“Abaixo da Gravidade” é uma provocação sobre a vida, que apresenta vários personagens complexos e que inicialmente usam uma espécie de “capa”, mas que com o desenvolver da trama vamos descobrindo que nem todos são aquilo que se propõem e que a perfeição é algo inalcançável.


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