Crítica: Control Z (2ª temporada)

É um novo semestre no Colégio Nacional, e parece que todos já se esqueceram de Luís. Isso é até que uma pessoa desconhecida assuma as redes sociais de Luís e comece a ameaçar vingança a quem fez a vida é um inferno. Mais uma vez, cabe a Sofia descobrir quem é o culpado, à medida que cada ato de vingança aumenta e muda a vida de nossos personagens para sempre.

A fórmula de Control Z deu certo na primeira temporada com essa pegada teen em ambiente escolar focada em um hacker que pratica bullying através das redes sociais e com episódios dinâmicos, não demorou muito para a série cair na graça do público, a Netflix encomendou uma segunda temporada e logo comecei a teorizar o que iria acontecer com Rául (Yankel Stevan), o envolvimento de Natalia (Macarena García) com o tráfico de drogas, a sexualidade de Gerry (Patricio Gallardo), a gravidez de Maria (Fiona Palomo) que não foi bem recepcionada por Pablo (Andres Baida) e com a saída de Isabela (Zion Moreno) que rumo iria tomar?

Também pensei sobre o pai de Sofia (Ana Valeria Becerril) que é uma ponta muito solta na história e óbvio se houve ou não a morte de Javier (Michael Ronda), assunto não faltava para uma nova temporada mais o rumo que os criadores Miguel García Moreno, Adriana Pelusi e Carlos Quintanilla deram para a série tomou acabou deixando um pouco a desejar…

Com tantas histórias para desenvolver o roteiro centralizar na investigação de quem é o vingador? Nome dado ao novo hacker que é um criminoso ainda mais perigoso colocando a vida de todos os personagens à prova, e de forma utópica a Sofia (Becerril) passa a investigar todos os crimes, e não são praticas que poderia passar despercebida pela polícia, familiares e até mesmo a direção da escola que deveria intervir, porém eles agem de forma semelhante aos adolescentes. Além disso, são acontecimentos que colocam as pessoas em situação de risco, envenenamento, ser enterrado vivo, ataque de abelhas e por aí vai, e nada é feito, além da investigação de Sofia.

A série mexicana poderia ter se comprometido em sanar as pontas soltas da temporada anterior ou até mesmo ter focado em dramas adolescentes, mas essa fórmula de ter um crime ao centro de tudo faz com que ela perca um pouco o encanto, além da impressão de que ninguém sofre as consequências de seus atos, Raúl passa a temporada com uma carinha de cachorro morto, enquanto Gerry não passa nem pelas vistas dos policiais enquanto transita pelos lugares, a trama mais interessante sem dúvidas é de Natalia que poderia ter sido aprofundada tanto a dos traficantes quanto da sugar baby, mas o foco é mantido na repetição de manter a fórmula da primeira temporada.

Outro ponto negativo é adição da Cláudia (Ana Sofía Gática) que não conseguiu mostrar a que veio talvez ela possa ter mais funcionalidade em uma nova temporada e a perseguição do Pablo ao Raúl foi desconfortável e o fato de “forçarem” um triângulo amoroso de Sofia com Raúl e Javier, porém ela não tem química com nenhum dos dois. E o pai de Sofia continua aleatório na história, de tudo que levantei que poderia ser abordado o ponto melhor desenvolvido foi à sexualidade de Gerry em que foi explanado a dificuldade que ele tem se relacionar com pessoas do mesmo sexo.

E é repetição de fórmula que vocês querem? Se for provavelmente é isso que vocês vão ter! A série termina do mesmo jeito que a temporada anterior com uma morte com isto, se prever que o crime deve ser investigado e no mínimo alguém tem que se responsabilizado por Control Z se direcionar ao público jovem é importante que haja essa preocupação em conscientizar sobre os limites de quando é necessário pedir ajuda, seja um hacker ou um vingador as práticas são criminosas.

O saldo de Control Z é negativo, ficou um pouco maçante de acompanhar e a experiência deixou um gosto amargo na boca, ainda sim torço pela renovação para que a série possa se redimir, fechar as pontas soltas e quem sabe apostar numa pegada Eu sei o que vocês fizeram no verão passado (1997) em que todos guardam o segredo e são atormentados por ele. Será?