Crítica: Easy – 2ª Temporada

Easy retorna em sua segunda temporada destacando as relações humanas, dando continuidade à algumas histórias do ano anterior e inserindo outras novas, afinal trata-se de uma antologia, ou seja, cada capítulo conta uma história diferente.

O Ladrão do Pacote

Crítica: Easy - 2ª Temporada

O primeiro episódio na segunda temporada de Easy começa com uma vizinhança pacata, unida e aterrorizada pelo Ladrão do Pacote, que é um sujeito que passa na casa das pessoas e pega as entregas deixadas em suas portas.

Pensando no bem estar do local, os vizinhos resolvem se reunir a fim de planejarem ideias de como podem impedir esses roubos, mas como cada um pensa diferente eles demoram para chegar em um acordo, até que ficam intrigados com um carro e dois rapazes parados na rua.

 

Casamento Aberto

Crítica: Easy - 2ª Temporada

Andi (Elizabeth Reaser) e Kyle (Michael Chernus) estão de volta e começam num consultório de terapia como proposta de Andi para alinhar algumas questões do casamento. Inicialmente o casal parece confortável com a ideia de passar um tempo com outros parceiros, começando de forma tímida com troca de mensagens pelo celular, até que finalmente surge a primeira noite em que vão sair juntos. Para Andi tudo flui bem, mas para o seu marido as coisas tomam outro caminho.

 

Trabalho Extra

Crítica: Easy - 2ª Temporada

Esse episódio conta com novos atores e com uma das tramas mais atuais da temporada. Diante de uma crise que é o trabalho extra, Annabelle (Jane Adams) volta a se encontrar com Sally (Karley Sciortino) para discutirem a respeito da sua forma de escrever, em seguida somos levados à um encontro de jovens em uma livraria, na qual eles se encontram e falam um pouco do que sentem um para o outro. Sally além de escrever sobre sexualidade e feminismo contemporâneo também é garota de programa. As histórias dos personagens vão se conectado firmando aquele dito popular “que mundo pequeno”, sendo uma forma de expor que é possível conciliar uma atividade rentável com o prazer profissional.

 

Grãos Descartados

Crítica: Easy - 2ª Temporada

Os irmãos estão de volta e seguem com as responsabilidades da empresa de cervejas que eles criaram anteriormente. Enquanto isso as esposas tentam engatar na cozinha sem saber se é hobby ou talento, mas decidem realizar a inscrição para o Tail Ale Dog Treats, com a proposta de preparar comida para cachorros. A trama desse episódio gira em torno das dificuldades de conciliar a criação dos filhos com as atividades do trabalho.

 

Conjugalidade

Crítica: Easy - 2ª Temporada

Nesse episódio, Jacob Malco (Marc Maron) precisa encontrar Karen (Michaela Watkins), uma moça com quem ele teve uma relação no passado, mas não se comunica há mais de oito anos. Saberemos somente que um erro seu foi crucial para o afastamento de Karen, Jacob busca explicar a sua versão da história, o problema é que isso acontece em um diálogo cansativo, no qual o casal não tem química nenhuma, sendo esse, definitivamente, o episódio mais fraco de toda a temporada.

 

A Filha Pródiga

Crítica: Easy - 2ª Temporada

Grace (Danielle Macdonald) é uma jovem de família religiosa que é intimidada para ir à igreja com seus pais todos os domingos. Ao começar a frequentar o local ela passa a questionar todos os envolvidos na congregação sem qualquer pudor. Apesar do episódio ter um elenco pouco carismático, ele consegue promover reflexões sobre religião e o ato de ajudar o próximo.

 

Lady Cha Cha

Crítica: Easy - 2ª Temporada

Jo (Jacqueline Toboni) retorna o seu relacionamento com Chase (Kiersey Clemons) ambas com uma relação mais estável dessa vez, no entanto, ainda sofrem por questões ideológicas individuais relacionadas ao feminismo. Esse é o melhor episódio da temporada, contendo uma trilha-sonora instigante e debatendo questões que muitos casais enfrentam na atualidade.

 

Primeiros Passos

Crítica: Easy - 2ª Temporada

Com o termino de um relacionamento, Annie (Kate Micucci) precisa começar a trabalhar como babá para se sustentar e superar todas as imposições sociais colocadas sobre a figura da mulher, porém ela não imagina o quão bem esse trabalho a fara.

Ao longo dos diversos episódios da segunda temporada, Easy se mantém em seu padrão, usando diferentes abordagens de cores conforme a necessidade de cada história, como o uso de tons neutros e realistas vistos em Conjugalidade, Grãos Descartados e Lady Cha Cha. No entanto, em episódios com teor mais cômico as cores se destacavam ao lado de uma forte iluminação, usada para criar um ambiente mais leve e descontraído, frequentemente observado em Primeiros Passos, A Filha Pródiga e O Ladrão do Pacote.

Já no que diz respeito à movimentos de câmera, quase sempre se utilizam de uma
linguagem mais intimista, com closes para captar a essência das histórias e raros momentos com movimentos inusitados que tornam a série mais casual e proveitosa para se assistir. O foco aqui está nos detalhes, diálogos e nas interpretações.

A direção de arte não possui grandes feitos, seu objetivo é trazer figurinos que se adequem as diversas personalidades de cada protagonista, independentemente de sua classe ou estilo. Além do figurino, há também um bom trabalho na criação de cenários que buscam entregar um teor de realidade e assim proporcionar questionamentos mais profundos sobre os relacionamentos retratados.

A segunda temporada de Easy permanece sobre a direção de Joe Swanberg, que escolhe continuar algumas histórias anteriores e apresentar outras novas, mas o material como um todo ainda é um pouco inferior ao primeiro ano. No entanto, não podemos deixar de enfatizar que todos os assuntos levantados aqui são atuais, relevantes e continuam apresentando questões do cotidiano para que possamos refletir sobre feminismo, religião, cobranças sociais e outros assuntos.