Crítica: Eu ainda sei o que vocês fizeram no verão passado (1998)

Após o sucesso de “Eu sei o que vocês fizeram no verão passado”, que arrecadou 125 milhões de dólares em bilheteira, é claro que um próximo filme seria produzido para dar continuidade a história de terror teen que se tornou, assim como Pânico, um dos filmes do gênero mais assistidos na década de 90.

Eu ainda sei o que vocês fizeram no verão passado” é o segundo filme da franquia, e foi lançado em 1998, um ano após o primeiro. Os sobreviventes Julie James (Jennifer Love Hewitt) e Ray Bronson (Freddie Prinze Jr) estão de volta, tentando superar os brutais assassinatos cometidos há um ano por Ben Willis.

Julie tenta levar uma vida normal, se mudou de SouthPort para fazer faculdade mas continua emocionalmente abalada, estando sempre alerta, com medo e tendo constantes pesadelos com o assassino de seus amigos. Ray ainda mora na cidade onde se mantém trabalhando como pescador.

A trama começa a se desenrolar quando Karla Wilson (Brandy Norwood), amiga de Julie, ganha um viagem para Bahamas para passar o feriado de 4 de junho e tem o direito de levar três acompanhantes. A partir daí já é possível perceber que alguma coisa não está certa, ao ser questionada sobre qual a capital do Brasil, Karla responde que é o Rio de Janeiro e a resposta é tida como certa.

Ray é convidado para ser um dos acompanhantes na viagem e decide surpreender Julie, porém no caminho ele e seu amigo acabam sendo atacados por ninguém menos que Ben Willis. Sem chegar ao encontro de Julie, ela e a amiga acabam indo viajar com Wilson (Brandy Norwood) e Will (Matthew Settle). Ao desembarcar no hotel em Bahamas, o grupo descobre que está em época de baixa temporada, estação em que começam as chuvas e tempestades, sendo assim, todos os hospedes foram embora e eles são os únicos turistas por lá. O cenário é perfeito para um assassino em série agir e é exatamente o que acontece.

O roteiro é bem previsível, deixa bastante a desejar se comparado ao primeiro filme. Talvez para compensar as falhas no roteiro, nessa sequencia os números de assassinatos aumentam, assim como a brutalidade com que são cometidos.

Os personagens são superficialmente explorados, com exceção de Karla que consegue se destacar e deixa o público na torcida para que ela sobreviva aos ataques de Ben. A personagem, inclusive, seria uma das vitimas de acordo com o roteiro original, mas seu destino mudou durante as gravações do filme e quem morreu em seu lugar foi uma bartender do hotel. Ray tem bem menor participação no longa porém, seu papel é bastante importante no final da trama.

Outra falha que chama bastante atenção são os vários momentos que ocorrem durante a trama em que Julie e os amigos tem a chance de atacar Ben Willis mas não o fazem, como quando Julie está com um machado na mão e poderia facilmente desferir um golpe no assassino que está do outro lado de uma porta de vidro.

Com roteiro de Trey Callaway e direção de Danny Cannon, “Eu ainda sei o que vocês fizeram no verão passado” não foi muito bem avaliado para crítica na época, contudo, não deixou de ser um grande sucesso de bilheteria, arrecadando 100 milhões de dólares, um pouco menos do que a arrecadação do primeiro filme.

Eu sei o que vocês fizeram no verão passado” e “Eu ainda sei o que vocês fizeram no verão passado” se tornaram clássicos dos anos 90, período em que os filmes de terror estavam causando bastante insatisfação no público. Foi a partir do sucesso de Pânico(1996) que os filmes começaram e explorar esse universo adolescente e trouxeram um novo perfil de vilão serial killer mascarado.