Eu nem sonhava em nascer, mas James Cameron já tinha o roteiro de “Exterminador do Futuro” em mãos vendido por uma pechincha e em prol da condição de se tornar o diretor do filme de 1984, que revolucionou o gênero de ação e ficção científica, além do primeiro longa, a sua sequência “O Exterminador do Futuro 2 – O Julgamento Final” (1991) também conquistou aprovação dos críticos e do público, o que não se pode dizer de “O Exterminador do Futuro 3 – A Rebelião das Máquinas” (2003) que altera a direção e sofre severamente com as críticas por ser muito inferior aos anteriores, mas o público ainda abraça a franquia, tanto que decidiram fazer um quarto filme “O Exterminador do Futuro: A Salvação” (2009) com nomes promissores no elenco como, Sam Worthington, Christian Bale e Anton Yelchin, mas acabou seguindo por um caminho muito divergente das propostas anteriores. Ainda assim o maior fiasco foi “O Exterminador do Futuro: Gênesis” (2015) que nem a Emilia Clarke e Arnold Schwarzenegger conseguiram salvar, já pensaram?
Mas, vamos ao que interessa que é “O Exterminador do Futuro: Destino Sombrio”, o sexto da franquia que será ambientado 27 anos após os eventos do segundo filme, onde um novo e modificado Exterminador de metal líquido (Gabriel Luna) é enviado do futuro pela Skynet para exterminar Dani Ramos (Natalia Reyes), e o exterminador não vai medir esforços para atingir o seu objetivo. Eis que (Mackenzie Davis) e Sarah Connor (Linda Hamilton) se alinham nessa missão, assim como o Exterminador original (Arnold Schwarzenegger), em uma luta que pode interferir no futuro.
A alegria da maioria dos fãs é de ter James Cameron envolvido mesmo que ele não assumisse a direção, mas o fato de estar na produção assegurou um bom desenvolvimento com a história e a familiaridade com os dois primeiros filmes, o roteiro escrito por Billy Ray, David S. Goyer, Justin Rhodes apresenta pontos interessantes o primeiro se dar pela nova protagonista, Dani Ramos, moradora da Cidade do México o que dar margem para o filme falar um pouco sobre imigração, e ainda reforça o sentimento do poder feminino protagonizado pelo trio (Dani, Grace e Sarah) que mesmo com idades, nacionalidades, biótipos diferentes estão unidas pelo mesmo propósito e tem o tempo bem distribuído em cena, mas é claro que o destaque é Linda Hamilton. Não posso deixar e mencionar o retorno de T-800, o nosso Arnold Schwarzenegger que é de arrepiar e emocionar e o novo exterminador Rev-9 (Gabriel Luna) não deixa a desejar em nenhum aspecto tanto em sua postura corporal quanto facial, ele manda muito bem.
Tim Miller apresenta uma direção eficaz e as cenas de ação são de tirar o fôlego da mesma maneira que os efeitos especiais também são, contudo, os flashbacks deixam um pouco a desejar mais nada que comprometa a história como um todo.
Para os que são amarradões na franquia podem esperar uma continuação mais digna para o segundo filme, apesar de algumas mudanças narrativas que servem para condensar a proposta, as questões levantadas pelo filme que poderiam enriquecer mais o roteiro como, imigração, introduzir máquinas no lugar de trabalhadores acabam sendo apenas citadas e não desenvolvidas, e o plot twist é bem óbvio, o que pode agradar ou não, ao mesmo tempo, a chegada dos novos personagens Grace e Rev-9 agregam na história, mas não remodelam a essência da franquia tão querida e amada pelo seu público.