Crítica: Halloween Ends

“Halloween Ends ofusca Michael Myers no fechamento da franquia.”

É meus amigos chegou ao final uma história que foi contada várias vezes, por várias visões e com vários finais. E aqui a palavra vários pode ser repetida incansavelmente, já que o primeiro filme foi lançado em 1978 e de lá pra cá, somam-se 14 filmes, porém aqui vamos nos ater em ‘Halloween Ends‘, lembrando que tudo começou em 2018 na trilogia que traz de volta a Jamie Lee Curtis.

Vamos começar dando uma recapitulada nos filmes passados, o Halloween (2018) é lançado numa perspectiva de continuação do filme clássico de 1978, ele funciona tão bem que acaba abrindo espaço para que o Leaterface volte mesmo que via streaming com O Massacre da Serra Elétrica: O Retorno de Leatherface (2022), o Creeper de Olhos Famintos retorne aos cinemas dos EUA, este movimento de sucesso ainda movimentou a volta de O Exorcista, Hellraiser e etc…

Bom, seguindo, o segundo filme Halloween Kills: O Terror Continua eu não gosto, acho escuro, desfreado, é um pouco da repetição de Halloween II e ele fica muito inferior ao material do primeiro.

Em Ends, os fatos acontecem quatro anos após os eventos de Halloween Kills: O Terror Continua, Laurie (Jamie Lee Curtis) está vivendo com sua neta Allyson (Andi Matichak), enquanto termina de escrever suas memórias. Michael Myers não foi visto desde então. Após ter sido assombrada pela presença dele por décadas, Laurie está determinada a se libertar do medo e começar a viver.

Mas quando um jovem, Corey Cunningham (Rohan Campbell), é acusado de matar um garoto que estava cuidando como babá, o retorno da violência e do terror forcará Laurie a finalmente enfrentar o mal que ela não pode controlar, de uma vez por todas.

Vamos lá, aos pontos o filme é dividido em três atos o primeiro é uma comédia romântica conduzida por Corey Cunningham (Rohan Campbell) e Allyson (Andi Matichak), é uma escolha ousada ir por essa vertente, desde que ela casasse com o filme, porém não funciona.

Tudo começa quando a Laurie (Jamie Lee Curtis) age como um cupido para a neta e ela encontra alguém justamente que enfrentou vários traumas, o Corey carrega todo o fardo de seu passado e sua neta de ter perdido a sua mãe. Ambos, estão predestinados ao mal, porém a ideia da avô era que unissem forças para passar por cima dos traumas, mas já que o mal nunca acaba, o casal junto se transforma no próprio receptáculo do mal.

O filme é do Michael Myers, certo? Mas, ele não aparece, o Killer pediu ao Pennywise o habitat emprestado para passar um tempo, pois a locação era muito parecida com o do It – A Coisa. Mais um detalhe que me incomodou muito no filme foi uns pré-adolescentes que praticavam bullying com o Corey, não sei onde eles queriam chegar com a situação constrangedora de adolescentes muito menores, que nem sequer viveram a época em que o acidente aconteceu enfrentar o Corey e ainda saírem ‘ganhando’. Oi?

Jamie Lee Curtis é um espetáculo a parte, é uma eterna final girl e claramente ela está encerrando um ciclo e dedicada a entregar uma boa performance, ao contrário de Halloween Kills aqui ela está mais presente e precisa lidar com as questões que ficaram marcadas na cidade pelo Myers.

O filme é sobre o mal, este mal que nunca vence, este mal que está dentro de você, e Michael acabou flertando um pouco com o sobrenatural feito que o diretor/roteirista não sabe até onde levar. Envelheceram tanto o Michael que ele estava prestes a aposentadoria, o ideal era ter encerrado em 2018, pois postergar essa história definitivamente não foi a melhor opção.