Crítica: Juntos e Enrolados

Daiana (Cacau Protásio) e Júlio (Rafael Portugal) são os protagonistas da nova comédia brasileira Juntos e Enrolados que conta a história de um casal que se conhece de maneira inusitada e se apaixona, após dois anos morando juntos e casados apenas do cartório, querem oficializar a união com a tão sonhada festa de casamento.

Júlio (Portugal) atua como bombeiro hidráulico e Daina (Protásio) trabalha na corporação de bombeiros, ambos cultivam uma boa relação, tanto que chegam a um concesso de poupar dinheiro para festa, todas as economias do casal são depositadas em uma caixinha, e esse é o primeiro ponto de identificação com o público, quem nunca se viu na situação de guardar dinheiro seja para realizar uma viagem, uma festa de formatura ou até mesmo uma festa de casamento?

A dupla é o segundo ponto de identificação do filme, a personalidade da Daina e Júlio é comum em muitos casais brasileiros, a Dai é mulher segura, que precisa gerir a casa e a vida do marido. E o Júlio é aquele homem que acata as regras e pouco se movimenta para que as coisas aconteçam. Tanto um como outro são mestres em fazer o público rir e juntos eles têm química.

Mas, você deve está se perguntando que ponto de identificação é este que você mencionou duas vezes em seu texto? É quando o espectador se imagina naquela situação ou conhece alguém que vivencia aquilo, então automaticamente vai despertar o interesse dele em acompanhar aquela história, é comum a muitos aqui no Brasil, passar por perrengue para conquistar algo atento aos acontecimentos corriqueiros o roteiro da produção escrito pelas mãos de Cláudio Torres Gonzaga, Rodrigo Goulart e Sabrina Garcia busca cativar o espectador.

Eis que chega a festa de casamento! E será nela que passaremos a maior parte do tempo acompanhando os episódios, pois é onde tudo acontece literalmente, prestes a casar, uma mensagem no celular do noivo acabou enrolando todos os planos durante o andamento da festa vão acontecendo revelações que dão outros rumos para a história, é onde o elenco de apoio fica também mais presente a  avó do noivo (Berta Loran), a mãe do noivo (Fafy Siqueira) daquele tipo que adora arrumar encrenca com a noiva, a Neusa Borges (mãe da noiva), além de Marcos Pasquim que cobiça a Daiana, já a Emannuele Araújo parece não ter esquecido o Júlio e a dupla de amigos do casal Evelyn Castro e Fábio de Luca.

Mas, uma questão levantada é você deixa o seu parceiro (a) mexer no seu celular? Essa questão provavelmente é mundial, né? É falta de confiança, não tenho nada a esconder, é questão de privacidade são inúmeras as justificativas para não entregar o aparelho eletrônico. No filme é uma questão séria para Daiana não ter acesso ao aparelho do esposo, cada um que procure um amigo para consolar, tente viver a festa de um jeito, converse para tenta se acertar, sabe aqueles dias que acontece tanta coisa dentro de um espaço pequeno de tempo e em no mesmo lugar que no caso, a ambientação é um clube aquático acompanhando a movimentação do casal dirigido por Eduardo Vaisman e Rodrigo Van der Put.

Juntos e Enrolados é uma festa! Aquelas festas bagunçadas e que você não vai lembrar de nada no dia seguinte, mas como comédia cumpri o seu papel que é divertir dentro dos estigmas brasileiros com Cacau e Rafael que são naturalmente carismáticos e frenéticos quando o assunto é humor.