Muita gente já ouviu falar sobre o “Grinch”, mas vocês sabiam que ele existe há muito tempo? Ele é protagonista do clássico conto de Dr. Seuss, “Como o Grinch Roubou o Natal”, narrando a jornada desse personagem rabugento que odeia o Natal. Algumas pessoas podem até não gostar dessa data por algum trauma ou desamor vivido na festividade, mas o que Grinch realmente odeia é o espírito Natalino.

Crítica: O Grinch

O filme é uma produção da Illumination Entertainment, uma produtora norte-americana que já produziu animações como “Meu Malvado Favorito” (2010) e “Sing- Quem Canta Seus Males Espanta!” (2016). Na história, Grinch vive com o seu cão Max em uma caverna repleta de engenhocas e invenções feitas para suas necessidades do dia a dia. Rabugento, ele só faz questão de só socializar com os vizinhos – aqueles que interrompem sua tranquilidade com suas festividades brilhantes e barulhentas de Natal todos os anos – quando se vê sem comida. Mas, quando eles declaram que farão um natal três vezes maior, Grinch percebe que só existe uma maneira de ter paz e silêncio: roubar o Natal!

Grinch teve a voz de Benedict Cumberbatch nos EUA, enquanto no Brasil a dublagem foi executada por Lazáro Ramos, que é um talento nato, mas nesse longa ele parece não ter captado bem a alma do personagem, sendo mais atrapalhado do que mal-humorado, e mesmo sabendo que no fundo daquela criaturinha verde havia um bom coração, a dublagem tenta ‘abrazileirar’ muita coisa, que acaba descaracterizando o personagem.

Como dito, Grinch odeia o Natal, ele vive no alto de uma colina onde observa os habitantes da cidade de Quemlândia se preparem para chegada do Natal, com isso ele elabora um plano para destruir a festa, roubando presentes, árvores e tudo que compõe a comemoração, mas no meio disso surge Cindy Lou (tão fofinha quanto a Agnes de “Meu Malvado Favorito”) que o faz recuperar o significado dessa data. Ela é uma garotinha doce, a filha que toda mãe gostaria de ter, uma personagem que pode servir até de exemplo para as crianças que vão assistir o filme e podem sair da sessão interessadas em fazer o bem ao próximo.

A animação traz cores vivas e boa iluminação, sempre destacando tons de verde do infame protagonista e o vermelho tão característico da decoração e espírito natalino, junto de uma caracterização do personagem que trouxe muita fidelidade ao conto original, com sua forma esguia e barriguda clássica, além é claro, da pelugem e textura de Grinch, que acaba ajudando a tornar essa criaturinha uma fofura no decorrer do filme.

Em resumo, “O Grinch” é um filme infantil e que deverá agradar as crianças, tanto por suas cores, como pela temática Natalina ou pelos lindos cenários. Os adultos também devem gostar, pois irá arrancar muitas risadas, mas no final das contas não será um daqueles filmes que guardamos na memória.


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