Tudo começou em 2000 com “Ju-on”, e a partir do sucesso derivou um filme americano, chamado “O Grito”, ambos dirigidos por Takashi Shimizu e nada mais, nada menos que a Sarah Michelle Gellar no elenco. Apesar de não serem filmes excepcionais, caíram na graça do público que curte “jumpscares”, a ideia do terceiro filme não envolve o mesmo diretor, contando agora com a direção de Nicolas Pesce e produção de Sam Raimi.

A história aqui segue o raciocínio de que quando alguém morre com ódio, a alma da pessoa permanece no local para atormentar os vivos, e a narrativa desenvolve uma linha temporal sob o ponto de vista de vários personagens, a começar pela detetive Muldoon (Andrea Riseborough) que é mãe solteira e precisa cuidar do seu filho pequeno. Após a morte de seu marido, ela se muda e deseja recomeçar a sua vida, mas acaba se envolvendo em um caso que a conecta com o detetive Goodman (Demian Bichir) que juntos começam a investigar uma morte que acaba os levando para uma casa que tem um poder sobrenatural e mexeu com os antigos moradores, o casal Matheson (Lin Shaye e Frankie Faison), e a todos que também se aproximam do local como é o caso do corretor de imóveis Peter Spencer (John Cho) e sua esposa Betty Gilpin (Nina Spencer), que acabam sofrendo consequências do mal que está instalado na casa. Todos os personagens e as histórias tem uma conexão, porém a falta de coerência e o excesso de subtramas acaba sendo um dos pontos negativos do filme.

Uma das coisas mais legais dos primeiros filmes de “O Grito” eram os jumpscares porque os espíritos tinhas características peculiares dos filmes japonês, como o cabelo, o grito, uma ligação com a água e aqui o exagero são as aparições constantes de jumpscares, de forma completamente aleatória, o recurso que poderia ser um aliado para o longa acaba sendo desperdiçado.

“O Grito” não se compromete em contar uma boa história, nem em assustar, a produção traz um excesso de personagens e acaba sendo mais um remake/reboot que não cairá na graça porque ele conta uma história de forma pior que a original. É um desperdício, infelizmente.

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