Crítica: O Segredo do Lago

O Segredo do Lago, longa dirigido por Phil Sheerin, que traz a trama de um segredo sombrio que é acidentalmente descoberto no fundo do lago e irá acabar com a aparente calmaria da região.

Após fazer uma descoberta assustadora em um lago escondido, um tímido adolescente (Anson Boon) se depara com a verdade sobre seus vizinhos, um pai (Michael McElhatton) e filha (Emma Mackey) que escondem segredos terríveis.

A história gira em torno de um elenco compacto Tom (Boon) é recluso e sua mãe, Elaine (Charlie Murphy) ainda jovem, sofre com os desafios de cuidar de um filho adolescente em lugar isolado e com poucos recursos financeiros. Eles tentam se familiarizar com os vizinhos, Holly (Mackey), e seu pai, Ward (McElhatton) que logo desperta o interesse de Elaine (Murphy). E esse interesse não fica claro se é amoroso, financeiro ou carência, mas chega a ser até um pouco desnecessário.

Bom, nas proximidades do lago há um segredo que no começo é descoberto por Tom, e este segredo desencadeia uma série de descobertas sobre traumas sofridos por Holly, e o filme parece não dar importância a ponto de não desenvolver, o que é um erro do roteiro porque poderia usar essa temática e construir um clima de tenso que poderia ser um bom suspense se torna pouco engajado.

No quesito atuação, o Tom é um pouco exagerado em seu mistério, a Holly é parecida com a sua personagem Maeve Wiley na série da Netflix, Sex Education. Já Ward e Elaine entregam aquilo que é solicitado pela superficialidade do argumento.

No ambiente hostil, e com uma fotografia predominam ente cinza, focando em exposição de luz natural, parecia o cenário ideal para organizar uma história condessada com arco dramático e um toque de suspense, porém é justamente pelo contrário que o filme escolhe trilhar o caminho de pouco relevância.

O Segredo do Lago poderia ter desvencilhado de amarras e ter se comprometido com as suas questões, o fato de levantar um tema como abuso e findar sem nenhuma dedução para tal feito me parece um pouco aproveitador, e uma questão que o filme também levantou foi: até que ponto deve se importar com o outro?

Hoje em dia, uma das palavras mais populares é empatia que significa se colocar no lugar do outro, mas vale a pena sofrer retaliações para resolver o problema de alguém? É uma pergunta complexa, mas que traz um questionamento que o filme propõe e se perde na intenção, resultando em uma trama sem causa e consequência.