Natasha (Yara Shahidi) é uma garota que acredita na ciência e nos fatos e não na sorte ou destino, muito menos em sonhos que nunca se tornarão realidade. 12 horas antes de sua família ser deportada de Nova York para a Jamaica, ela é salva de um quase atropelamento por Daniel (Charles Melton), um descendente coreano que vive o sonho dos pais.

A história gira em torno de Daniel que está prestes a ir a uma entrevista para ingressar na faculdade de medicina a pedido dos seus pais e Natasha, que encontra-se buscando todas as alternativas possíveis para que consiga permanecer em Nova York, pois ela acredita que terá mais oportunidades na cidade.

Crítica: O Sol Também é uma Estrela

Você já imaginou se apaixonar por alguém em decorrência do destino? Realmente é uma pergunta difícil de responder, pois muitos acreditam nisso e outros são céticos em relação  as peças que a vida nos prega. São as nossas escolhas que nos levam até onde estamos? Ou é apenas destino? O filme tenta nos fazer refletir sobre a possibilidade do acaso unir duas pessoas.

Com imagens lindas da cidade acompanhamos a trajetória de um único dia em que eles visitam vários lugares com direito à um café bem aconchegante, um karaokê e a belíssima paisagem de New York ao entardecer. Um recurso que acaba incomodando um pouco é o excesso de desfoque em sua fotografia, mas nada que atrapalhe o decorrer da trama até porque ela é bastante simples.

Em seus diálogos eles questionam sobre os acontecimentos de suas vidas enquanto são expostos a vários acontecimentos do destino que, na concepção de Daniel, esses fatos vivenciados por eles fortalecem o vínculo entre o casal.

No decorrer do filme conhecemos um pouco da família de cada um, começando pela a da Natasha, que encontram-se completamente desacreditados de que vão conseguir prorrogar a estadia na cidadeJá Daniel tem dificuldades em relacionar-se com o seu irmão e todos os seus familiares trabalham em um comércio focado em produtos de cabelos, ou seja, ambas as família lutam para sobreviver à realidade dos imigrantes nos EUA.

É claro que por tratar-se de um tema tão polêmico como a imigração e principalmente deportação, o assunto poderia ter sido tratado com mais seriedade, mas isso também afetaria o clima e transformaria a produção em um filme dramático. No entanto, “O Sol Também é uma Estrela” consegue retratar de maneira leve e comprometida a percepção de dois adolescentes que passam por um período de autoconhecimento e transformação e muitas vezes agem de maneira inconsequente, mas no fim só querem ser feliz e viver o momento.


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