Crítica: Orange is the New Black – 5ª Temporada

A 5ª temporada da série Orange is the New Black reacendeu nos corações dos fãs a dor da perda de uma querida personagem na temporada passada: Poussey Whasington (Samira Wiley). É impossível não se emocionar com as cenas em que as detentas prestam homenagens a Poussey e mostram a tristeza pela morte da garota.

A premissa dessa nova temporada é a busca por justiça para Poussey e por melhores condições para as detentas de Litchfield, que passaram a viver em condições desumanas desde que a administração do presídio mudou, na temporada passada.

Crítica: Orange is the New Black - 5ª Temporada

O protagonismo do casal Alex (Laura Prepon) e Pipper (Taylor Schilling) foi descentralizado e cedeu espaço aos grupos das latinas, das negras, das skinhead e até as piradas Leanne (Emma Myles) e Angie (Julie Lake) ganham destaque em grande parte dos episódios, que investe no drama sem perder a essência dos flashbacks, humor e referências à atualidade que a série apresenta desde sua primeira temporada.

Taystee (Danielle Brooks) assume a frente da rebelião e as negociações pelos direitos das detentas. A atriz Danielle desenvolve uma belíssima atuação, mostrando todo o carisma da personagem e apresentando um lado mais intenso que ainda não conhecíamos.

Outra atriz que merece destaque devido a espetacular atuação é a intérprete da Crazy Eyes, Uzo Aduba. A atriz é impecável em um dos papeis mais complexos de serem interpretados na série. Assim como Tayestee, Crazy Eyes é bastante atingida pela morte de Poussey e trava uma batalha interna em busca de superação.

Crítica: Orange is the New Black - 5ª Temporada

Ao investir no drama, Orange is the New Black tem muito a oferecer nas questões de preconceito racial, empoderamento feminino, aceitação, superação e união. É possível notar constantemente nos diálogos entre os personagens a intenção de passar essas mensagens para os fãs.

A série aposta na humanização dos personagens, mostra que cada um precisa enfrentar seus próprios demônios, as consequências das suas escolhas e em quanto é benéfico deixar as diferenças de lado na luta pelo bem comum.

Muitos arcos são encerrados ao final da temporada e novas possibilidades são abertas para aguçar a curiosidade dos fãs durante a espera de novos episódios na próxima temporada.