Crítica: Orphan Black – 5ª e última temporada

Contém spoiler.

O último episódio de Orphan Black foi ao ar na noite do último sábado (12) e proporcionou aos fãs uma despedida emocionante e contemplativa depois de cinco temporadas.

As personagens do Clone Club: Sarah, Elena, Cosima e Alison – interpretadas impecavelmente pela atriz Tatiana Maslany – deixarão muitas saudades nos corações dos fãs da série.

Depois de tanto lutarem contra o DYAD, a Neolution e P.T. Westmorland, as clones finalmente conseguiram conquistar a liberdade que tanto buscavam. As mulheres que eram consideradas apenas fruto de um experimento científico e propriedade das instituições que a criaram, se libertaram.

A série quebrou barreiras ao colocar personagens femininas com personalidades incríveis no comando de uma ficção científica, uma mãe solteira e rebelde como protagonista e trouxe a reflexão do show para a nossa sociedade, que tenta colocar a mulher como objeto e restringir sua liberdade.

Cosima manteve sua contribuição na temporada final. A cientista descobriu toda a farsa por trás da imortalidade de P. T. Westmorland e da ilha onde pessoas eram enganadas com promessas de cura a diversas doenças. Ela também foi a responsável por descobrir que os planos de Westmorland eram usar os óvulos de Kira (Skyler Wexler) para a criação de novos clones.

A antagonista Rachel finalmente percebeu que era apenas um instrumento para P. T. Westmorland e ajuda Sarah a impedir que Kira continue sendo utilizada como cobaia nos testes para criar novos clones.

A pouca aparição de Alison fez falta na temporada. Junto com seu marido Donnie (Kristian Bruun), o casal excêntrico e carismático protagonizou muitas cenas memoráveis e logo caíram no gosto do público.

Outro personagem bastante querido é Felix, o ator Jordan Gavaris fez um ótimo trabalho ao interpreta-lo. Felix tem uma contribuição importante no final do último episódio. Ele consegue uma lista com nomes e endereços de todas as outras clones do projeto LEDA, o que da a chance de Cosima e Delphine levarem a cura até elas.

A relação de Sarah e Helena foi bastante explorada nos eventos finais. Uma das cenas mais emocionantes é quando Helena dá a luz aos gêmeos com a ajuda de Sarah, que durante todo o suporte a irmã, relembra do momento em que S. a ajudou quando era Kira quem estava nascendo.

A morte inesperada de S. (Maria Josephine Doyle Kennedy) se mostra bastante dolorosa para Sarah em especial. A relação das duas sempre foi bastante conflitante, mas apesar de tudo o amor de mãe e filha sempre prevaleceu. Sarah se vê perdida com a perda da mãe, mesmo depois de conquistar a liberdade para ela e para as irmãs.

É nesse contexto que a união das sestra volta a se mostrar mais forte do que nunca. Juntas, Sarah, Helena, Alison e Cosima revelam seus medos e seus defeitos, mostram umas as outras que ninguém é perfeito e que não é preciso ser.

A última temporada conseguiu trazer conclusões para todos os mistérios da série. Grande parte do último episódio se desenvolveu de forma mais leve, com uma fotografia bastante colorida que combinada com a trilha sonora, emocionou e já deixa saudades.