Crítica: Poderoso Chefinho 2

Na sequência da animação de sucesso e indicada ao Oscar da DreamWorks Animation, Poderoso Chefinho retorna com os irmãos Templeton – Tim e seu irmão Ted – se tornaram adultos e acabaram se afastando um do outro. Tim é casado e cuida do lar. E Ted é CEO em uma empresa, ambos seguem caminhos diferentes… É interessante a animação abordar um homem que cuida da casa e dos filhos.

Um ponto para o filme, a Carol, esposa do Tim é o ganha-pão da família que vivem nos subúrbios com as duas filhas, a Tabitha, uma garota de 7 anos estudiosa e dedicada e a bebê Tina. Tabitha estuda em uma escola de prestígio Arcorm Center for Advances Childhood, e se inspira em seu tio almejando ser um dia como ele, o que deixa seu pai um pouco cabisbaixo, até que Tina o envolve numa missão e todos precisam se unir.

O Poderoso Chefinho (2017) conquistou o público, com a relações dos irmãos, o mais novo e mais velho, em que um bebê presta serviço para uma corporação  BabyCorp que na sequência ainda existe e uma das prestadoras de serviço, é a pequena Tina, uma adição instigante para as crianças que antes tinham um chefinho e agora tem uma chefinha em uma aventura para salvar o mundo, a briga fica por conta dos irmãos que demoram para estreitar os seus laços, quando a transformação de Tim e Ted para bebês, a relação de Tim e sua própria filha acaba ficando um pouco confusa…

Com roteiro da Marla Frazee e de Michael McCullers, fica perceptível que a estreante Frazee tenta compor na sua trama algumas quebras como o pai com cuidador do lar e a mãe provedora de renda, a Tina como um bebê independente, mas o fio condutor de toda a história que deveria ser embasado nas relações familiares acaba se perdendo um pouco e trazendo certo embaralhamento em paralelo com a missão para a BabyCorp.

O filme possui aquele design de personagens e animações que você já deve ter visto em várias outras produções da DreamWorks visivelmente agradável, um formato padrão deste gênero, porém com a técnica de animação bem executada.

O Poderoso Chefinho 2: Negócios da Família chegou até a virar série da Netflix devido ao seu sucesso, e na sua continuidade fílmica peca pelo excesso, uma boa história familiar e uma aventura tão cheia de ação acaba perdendo um pouco do fio da meada, mas aborda assuntos importantes como o ficar mais velho, o espírito juvenil que quando ficamos adultos parece se perder um pouco em meio a tantas responsabilidades e que pode ser resgatado com a nostalgia ou com as relações familiares que trazem o frescor de ser criança. Talvez, o seu apelo seja maior para o público adulto que certamente vai se recordar dessa fase e sentir saudades.