[Crítica] Scream – Especial de Halloween

Scream anunciou logo após o término da segunda temporada que iria exibir mais dois episódios extras como um especial de Halloween, feito adotado por outras séries de terror como por exemplo, American Horror Story.

O seriado segue na sua segunda temporada, a primeira com dez episódios e a segunda fecha com treze, muito se falou em torno desse especial e parecia que ele ia servir para fechar as pontas soltas deixadas pela temporada anterior, a falta de desenvolvimento da personagem Emma, prolongar melhor as motivações do Kieran (assasino revelado na segunda temporada), ou até mesmo quem ou se ele teria um parceiro, mas, essas eram apenas especulações que não se concluíram, pois Scream optou por uma vertente totalmente diferente nesse episódio onde o ciclo do personagem Kieran (Amadeus Serafini) é fechado, ou seja ele é morto não dando margem para voltarmos no passado.

 

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Os capítulos chamados de “Halloween e Halloween II” tratam de umas “férias” motivadas por Noah (John Karna) e Stavo (Santiago Segura) ambos estão envolvidos com a escrita de livros para sobre os assassinatos “The Lakewood Six” devido ao bloqueio criativo de Noah, o nerd, eles são levados pelo editor Jeremy (Alex Esola) para escrever sobre um segundo livro baseado na lenda de Anna Hobbs (Stevie Lynn Jones) uma garota que no século passado assassinou a seus pais e a família para quem eles trabalhavam por motivações desconhecidas, na ilha de Shallow Grove.

Com a morte de Kieran, os “sobreviventes de Lakewood” se tornam alvo dos holofotes e convidados para realizar a viagem, todos aceitam, como uma chance de sair um pouco da rotina, Emma (Willa Fitzgerald), Brooke (Carlson Young) e Audrey (Bex Taylor-Klaus) topam a viagem sem saber muito bem do que se trata.

A história de Anna Hobbs é bem interessante e a máscara usada para ocasionar as mortes é a mesma usada pela garota, deixando a máscara de Brandon James de lado, porém ficamos sabendo que existe um parceiro do Kieran que pode ter matado por rivalidade ou simplesmente por sua falha de ser descoberto, temos então uma premissa para a terceira temporada recentemente anunciada que seria renovada: Quem seria o “parceiro” do Kieran?

Ao longo do episódio somos direcionados as descobertas da história de Anna Hobbs que parece ser uma lenda interessante e que funcionou bem durante uma hora e meia de episódio serviu para mostrar o potencial dos roteiristas de evoluírem seus personagens em uma história original composta por diversas referências a outros clássicos de terror, não ficando presos apenas a franquia “Pânico”.

Os pontos altos do especial é usar de referências como o filme ” Eu Ainda Sei o que Vocês Fizeram no Verão Passado” (1998) e umas tomadas de câmera bem parecidas com do filme “Halloween” (1978), a ambientação lembra bastante os filmes de terror dos anos 90 e incluir personagens para que possam ter mortes mais dinâmicas e violentas. No entanto, a revelação final poderia ter sido mais empolgante, pois pareceu bem óbvia desde início.

Os pontos baixos podem ser dizer que infelizmente continuamos com a atuação e a personagem da Emma tem a história ao seu redor, mas, falta carisma, menos caretas e mais medo, pavor e menos confiança em todos que a cercam.

No desfecho final temos vários personagens numa passagem secreta em que poderiam estar acontecendo algo eletrizante, mas, a história volta para a Emma que se mantém apática, como sempre não evolui diferente de Noah e Audrey que estão cada vez mais seguros.

Porém, na próxima temporada temos uma suspeita sobre o pai de Emma (Tom Everett Scott) e alguém com o sobrenome “James” chega em Lakewood. Ou seja, mais indagações para a próxima temporada que terá seis episódios previstos para 2017