Crítica: Tinha Que Ser Ele?

A garota apresenta o namorado à família e torce pela aprovação do pai. Esse roteiro é um velho conhecido nas telas de Hollywood, um dos maiores clássicos é Entrando Numa Fria (2000). Mas, apesar do enredo batido, se você procura uma boa comédia, garanto que irá dar boas risadas com “Tinha Que Ser Ele?”.

Brian Cranston, o eternizado Walter White de Breaking Bad, protagoniza a trama no papel de Ned Fleming, dono de uma gráfica de impressão, que descobre de maneira nada sutil que sua filha mais velha, Stephanie (Zoey Deutch), está namorando.

Após a descoberta, Stephanie convida os pais para passarem o feriado de natal com ela e seu namorado Laird Mayhew. As surpresas começam a acontecer quando a família descobre que passará os dias na casa de Laird.

Ned, sua esposa Barb (Megan Mullally) e o filho mais novo Scotty (Griffin Gluck) descobrem que o namorado da garota é um milionário, dez anos mais velho e dono de uma empresa de games.

Interpretado por James Franco, Laird é bastante excêntrico, autêntico e inconscientemente sem noção. O ator fez um ótimo trabalho com o personagem e sua expressividade contribui para tirar boas gargalhadas do público, se destacando um pouco mais na trama do que Cranston.

Outro personagem bastante cômico é Gustav (Keegan-Michael Key), mordomo de Laird, que diverte e se faz bastante presente na cenas ao lado do jovem milionário.

Uma proposta interessante que surge em meio ao roteiro já conhecido pelo público é o conflito de gerações explorado durante a trama. Ned tem uma tradicional gráfica à beira da falência, enquanto Laird faz sua fortuna com a tecnologia do mundo dos games.

Grandes contrapontos que, em várias tomadas do filme, buscam mostrar a dificuldade das gerações mais antigas de aceitarem as mudanças trazidas pela tecnologia.

O filme é cheio de referências à atualidade e ao mundo tecnológico. Uma delas, é a voz da atriz de The Big Bang Theory, Kaley Cuoco, que faz o papel de uma espécie de “Siri”, instalada em todos os cômodos da mansão de Laird. Suas contribuições são divertidas e importantes durante a trama.

Se você é fã de Kiss, com certeza vai aprovar a trilha sonora e uma tomada em especial no final do filme.

Tinha Que Ser Ele” é uma comédia que aliou um roteiro básico com elementos da atualidade e cumpriu o papel de divertir, conquistando boas risadas do público.