Crítica: Velozes e Furiosos 9

Dom Toretto (Vin Diesel) está levando uma vida pacata fora das pistas com Letty (Michelle Rodriguez) e seu filho, o pequeno Brian, mediante a expectativa de que a qualquer momento as coisas podem mudar. Até que surgem pendências do seu passado e ele precisa uni a sua equipe para poder lidar com uma trama mundial liderada por um motorista de alto desempenho, ninguém mais, ninguém menos que o seu irmão, Jakob (John Cena).

Antes de qualquer falácia precisamos levar em consideração a proposta do filme, aqui não cabe uma análise criteriosa, pois o que a franquia se propõe é a entrega de puro entretenimento e diversão.

Comecemos falando sobre o elenco, o Dominic Toretto (Diesel) mantém a sua linearidade com o personagem, a sua parceira Letty (Michelle Rodriguez) não parecia tão confortável em seu papel, o Roman (Tyrese Gibson), Tej (Ludacris) e o sotaque cativante de Ramsey (Nathalie Emmanuel) funcionam bem como um trio, a Mia (Jordana Brewter) fica um pouco aleatória na equipe, mas já o Jakob (John Cena) é uma adição agregadora para trama.

Também temos participações pontuais, a Cipher (Charlize Theron) que no filme anterior tinha o papel presente como vilã, neste ela é funcional. A Magdalene (Helen Mirren) aparece rapidamente na telona, assim como a Leysa (Cardi B) ambas divertem em suas cenas.

Agora, vamos a outro ponto, as cenas de ação, a ação é despirocada, e os efeitos especiais não deixam nada a desejar, são bem executados envolvendo carros, pontes, conjunto de imãs e até espaço, pasmem!

E um ponto que todo mundo gosta de saber, é sobre a história, coesão é um termo que não cabe aqui, o que podemos esperar são os próprios personagens questionando eles mesmos, como podem passar por tanto e saírem ilesos, o próprio retorno de Han não tem uma explicação coerente, e está tudo bem, não compromete a sua experiência pela proposta da produção. A narrativa volta no passado para ter recursos de condução para trama, então conhecemos um pouco mais da infância e juventude do protagonista, além de trazer muito do que foi visto na franquia anteriormente, por muitos momentos o roteiro escrito por Justin Lin, Gary Scott Thompson, Chris Morgan e Daniel Casey parece não ter chegado a um consenso e optaram por fazer poucos cortes, o que resulta no filme de quase duas horas e meia que poderia ter sido um pouco mais condensado.

Considerando o material como um todo posso dizer que o filme tem saldo positivo, pois ele consegue trazer mais espaço para as mulheres locadas na trama nas cenas de lutas e no seu tempo em tela, a trilha-sonora latina embala bem as cena, inclusive conta com a música Furiosa da cantora brasileira Anitta, além de John Cena e seu carisma. E ao mesmo tempo, trazer o sentimento de que nada faz sentido, mas é Velozes e Furiosos uma franquia que começou em corridas nas ruas e algumas resoluções de crimes em vários países, inclusive no Brasil, agora consegue ir ao espaço, e consegue se manter consolidada por 20 anos.

Ah, fiquem até o final, pois tem cena pós-crédito, ok?