Crítica: Verónica (Netflix)

Simples, despretensioso e completamente assustador. Esses são, sem dúvida, os melhores adjetivos para descrever Verónica, o filme de terror do diretor Paco Plaza, baseado em um relatório da polícia de Madri em que um oficial garantiu ter presenciado eventos paranormais ao atender um chamado de emergência em 1991.

O caso se trata da história de Verónica, uma adolescente de 15 anos que cuidava dos três irmãos mais novos enquanto a mãe trabalhava em uma lanchonete na família em tempo integral após a morte do marido. A rotina da jovem começa a mudar depois que ela participa de um jogo de ouija, trazendo para si – e para dentro de casa – um grande mau.

O filme parece se tratar de uma produção amadora, ele é construído de maneira bastante simples, mas ao mesmo tempo muito rica, mostrando que, nesse caso, menos é mais. As cenas de dividem basicamente entre o ambiente escolar, o restaurante e se passam majoritariamente no apartamento da família.

Ao se tratar das atuações, a simplicidade é deixada de lado e dá lugar ao show proporcionado pelo elenco. Sandra Escacena é destaque no papel da protagonista Verónica, ao lado do elenco infantil Bruna González, Claudia Placer e Ivan Chavero, que não deixam a desejar em nenhum momento.

Verónica parece um longa despretensioso e surpreende ao se revelar como um aterrorizante suspense, que causa um desconforto ainda maior no público por se tratar de uma obra baseada em fatos reais.