Sabe-se que o Rio Pajeú é a maior bacia hidrográfica do estado de Pernambuco, levando água e vida para diversas cidades. Sabe-se também que ele nasce na divisa com a Paraíba e que deságua no Rio São Francisco – informação conhecida popularmente graças à canção Riacho do Navio, de Luiz Gonzaga. Mas pouco se sabe sobre o seu papel na cultura sertaneja da região. O documentário O Rio Feiticeiro, exibido no Curta!, mostra a sua importância e conta a sua história.
O filme se passa no semiárido pernambucano, ao longo das margens do rio, onde vivem – há muitas gerações – centenas de poetas e artistas populares, que compõem um bioma cultural único. Por lá, a poesia é algo tão forte e presente no cotidiano, que é ensinada em salas de aula e declamada durante as missas.
Conduzido pelo jovem poeta Antônio Marinho, herdeiro das tradições poéticas da região do Pajeú, o espectador viaja por 12 cidades e encontra memórias afetivas, orais e textuais dos artistas que já se foram e vê o talento das novas gerações se revelando.
O longa é dirigido por Alexandre Alencar, com roteiro assinado por ele, Aquiles Lopes e Lula Queiroga – que também compôs a trilha sonora. A produção executiva é de Danielle Hoover, da Luni Produções, viabilizada pelo Curta! através do Fundo Setorial do Audiovisual. A exibição é na Quinta do Pensamento, 21 de maio, às 19h.
Quinta do Pensamento – 21/05
19h – “O Rio Feiticeiro” (Documentário)
Existe, no semiárido de Pernambuco, um rio que nem sempre tem água, mas que mesmo assim é fundamental para a vida e a cultura sertanejas. Ao longo de suas margens vivem, há muitas gerações, centenas de poetas e artistas populares – criando um bioma cultural único. Um povo que mantém caudalosa a palavra como principal fonte inspiradora. Um lugar onde a poesia é tão forte que é ensinada em salas de aula e declamada durante as missas.
O documentário “O Rio Feiticeiro” percorre as 12 cidades dos 353 km ao longo do curso, encontrando as memórias afetiva, oral e textual dos artistas e revelando as novas gerações que bebem dessa fonte, perpetuando a tradição. O documentário é dirigido por Alexandre Alencar, um dos mais experientes e atuantes realizadores de Pernambuco. “O Rio Feiticeiro” tem como apresentador o jovem poeta Antônio Marinho, herdeiro legítimo das tradições poéticas da região do Pajeú, neto de Lourival Batista e filho de Zeto e Bia, todos autores referenciais para a poesia popular sertaneja.
Direção: Alexandre Alencar.
Duração: 52 min. Classificação: Livre.
Horários alternativos: 22 de maio, sexta-feira, às 05h e às 13h; 23 de maio, sexta, às 04h; 24 de maio, sábado, às 06h15; 25 de maio, domingo, às 07h.