Marina Dutra fala sobre seu novo livro “Sonho e Pesadelo” e suas influências em entrevista exclusiva

Marina Dutra é uma escritora e advogada paulista que vem ganhando destaque no cenário literário brasileiro. Com um estilo que mistura romance e fantasia, ela é conhecida por sua habilidade em explorar temas complexos e emocionais.

Após os lançamentos independentes de Belar e 24h para correr, Marina apresenta agora Sonho e Pesadelo, seu primeiro livro publicado pela Buzz Editora.

Neste trabalho, a autora mergulha em um universo de deuses e deusas, abordando a dualidade e a busca por equilíbrio em um enredo envolvente. Influenciada por clássicos como Castelo Animado e Sandman, Marina nos convida a refletir sobre as intrincadas relações entre forças opostas.

A seguir, conversei com a autora para conhecer mais sobre sua trajetória e as inspirações por trás de sua nova obra.

O que a motivou a transitar de suas obras independentes para uma publicação pela Buzz Editora?

O sonho de toda pessoa que escreve e publica de forma indie, com certeza, é ter o suporte de uma editora tradicional. Foi maravilhoso encontrar uma casa para as minhas histórias, e poder chegar em lugares onde, sozinha, eu provavelmente não conseguiria.

Como suas paixões, como animes do Studio Ghibli e filmes de Christopher Nolan, influenciam seu estilo de escrita e as histórias que cria?

As obras do Studio Ghibli em geral exercem uma influência muito grande na minha vida, e com certeza moldaram a minha personalidade. Sempre quis ser capaz de criar uma história que passasse essa mesma sensação de deslumbramento mágico que eu sinto toda vez que vejo algo do Ghibli, especialmente Castelo Animado. Já o Nolan é um amor antigo: assim como ele, amo escrever histórias que se relacionam com o passar do tempo.

Quais experiências pessoais ou profissionais impactaram mais a criação de “Sonho e Pesadelo”?

Escrevi Sonho e Pesadelo em um momento em que meus sonhos pareciam ter se transformado em pesadelos. Estava triste com escolhas relacionadas à minha profissão, e coloquei no papel essas duas figuras opostas que, no final, me mostraram que eram estranhamente parecidas. Com certeza essa metáfora me ajudou a curar algumas dores.

Como você lida com o equilíbrio entre sua carreira como advogada e sua paixão pela escrita?

Não é fácil, rs. Penso na escrita como a parte mágica da minha vida; quando as coisas no trabalho como advogada estão difíceis, sempre posso abrir uma porta e escapar para um dos meus mundos. Escrever também é um trabalho, mas um trabalho extremamente divertido.

Quais são os maiores desafios que você enfrentou ao escrever “Sonho e Pesadelo”, e como os superou?

Sou muito perfeccionista e dura comigo mesma. Nunca acho que uma história está boa de verdade, e tenho dificuldades em saber quando é hora de parar de mexer em um texto. Depois que assinei com a Buzz, e passei a ter um cronograma de entregas, precisei aprender a olhar para a história de uma forma menos passional, e mais profissional.

O que você espera que os leitores levem consigo após ler “Sonho e Pesadelo”, tanto em termos de entretenimento quanto de reflexão pessoal?

Escrever Sonho e Pesadelo me fez perceber que ninguém pode viver só de sonhos e, com isso, passei a conviver melhor com os meus pesadelos. Espero que a história desperte esse mesmo sentimento nos leitores e, é claro, espero que todo mundo fique tão obcecado pelo deus dos pesadelos quanto eu, rs.