Trouxemos para vocês a segunda parte do nosso especial que elegeu 10 grandes filmes de drama disponíveis na Netflix, caso ainda não tenha conferido a primeira lista, basta clicar no link abaixo.
10 – A Árvore da Vida (2011)
É um filme de tal complexidade que é preciso assisti-lo de mente vazia para que você possa responder internamente todas as questões que são indagadas durante uma série de imagens e músicas orquestrais.
A história de “A Árvore da Vida” é escrita e dirigida por Terrence Malick e trabalha em cima da vida de uma família dos anos 50 formada por um pai, uma mãe e três filhos. A produção foca na relação conturbada do pai com um dos filhos, e explora os mistérios da origem do universo e do fim do mundo com fortes questionamentos religiosos usados para se aprofundar nos problemas familiares. Na narrativa nós acompanhamos histórias ocorrendo em paralelo, uma com forte dilema da Sra. O’Brian (Jessica Chastain) que é casada com o Sr. O’Brian (Brad Pitt) e ao longo dos anos essa relação se torna abusiva tanto para si quanto para os seus filhos, já em um outro é mostrado uma das crianças já crescida remoendo lembranças desses tempos antigos, sempre havendo um forte questionamento das pessoas e suas atitudes.
9 – Philomena (2013)
A dinâmica entre um personagem racional e emocional funciona muito bem com a dupla Philomena composta por Lee (Judi Dench) e Martin Sixsmith (Steve Coogan). Trata-se de um drama abarcado de uma história triste com uma dose de alívio cômico que trata de uma fé inabalável que mesmo com todas as situações das quais Philomena é colocada à prova, sua fé se mantém intacta.
O longa é baseado em fatos reais que foram registrados no livro “Philomena – Uma Mãe, Seu Filho e Uma Busca Que Durou Cinquenta Anos“, uma obra que motivou outras mães que tiveram seus filhos adotados durante a estádia no convento à irem ao encontro deles.
8 – Ginger & Rosa (2012)
“Ginger & Rosa” é um drama envolvendo a relação de duas melhores amigas que vivem em Londres nos anos 1960. Ginger é uma garota independente assim como, Rosa (Alice Englert) e ambas parecem não querer o mesmo destino de suas mães que abdicaram de seus sonhos. No entanto, quando começa a Guerra Fria, as duas parecem ter ideais diferentes e passam por momentos delicados em sua amizade envolvendo os seus familiares.
A história expõe que as coisas podem mudar com o passar do tempo de acordo com os acontecimentos, além disso a performance de Elle Fanning carregada de emoção vai emocionar a quem assistir este filme, que além de tudo, aborda a dificuldade da paternidade, a culpa de um filho que se sente rejeitado pela família e o ato do perdão.
7 – Girl Like Her (2015)
O uso da câmera “Found Footage” pode estar um pouco saturado, não é?
Quando pensamos em ver um filme em que uma pessoa carrega uma câmera já derruba um pouco as nossas expectativas devido ao uso excessivo dessa técnica. Ainda assim, tratando do tema bullying esse filme merece ser assistido, pois ele apresenta os dois lados do conflito, mostrando quem sofre o bullying e quem o prática, explanando as motivações de duas garotas. A Jessica Burns (Lexi Ainsworth) que prefere contar apenas para o seu amigo Brian (Jimmy Bennett) as maldades que sofre pela Avery (Hunter King).
O filme mostra também a vertente dos familiares envolvidos e as consequências que famílias desestruturadas podem ocasionar na cabeça de uma adolescente.
“Girl Like Her” poderia ser apresentado em escolas e universidades com intuito de fazer com que as pessoas reflitam e busquem um tratamento para as que praticam e para os que sofrem bullying. Achei importante o colocar nessa lista, para que passem a diante e o filme possa ajudar os jovens que sofrem essa violência a não sentirem vergonha de pedir ajuda.
6 – Amores Inversos (2013)
Kristen Wing (Johanna Parry) apresenta uma mulher que viveu na sombra de uma senhora de quem cuidou a vida inteira e não teve a oportunidade de conhecer o mundo, a idosa para quem ela presta serviço, morre. Agora ela é chamada para cuidar de outro idoso (Nick Nolte) e de uma pré-adolescente (Hailee Steinfeld), no entanto ela não esperava que iria começar a se interessar pelo pai (Guy Pearce) dependente de drogas devido à uma brincadeira de adolescentes que não teve limites, e não pensaram nas consequências de seus atos.
Trata-se de um drama contido que vai te fazer pensar na inocência do ser humano, coisa rara hoje em dia, e na maldade que não necessariamente está atrelada a idade.
5 – Boyhood: Da Infância à Juventude (2014)
“Boyhood” é uma produção dirigida por Richard Linklater que levou 12 anos para ser feito e ousou ao mostrar o crescimento e envelhecimento real dos atores e atrizes. O filme narra a história de um garoto da sua infância até a juventude enquanto é criado por pais divorciados, mostrando suas mudanças e como os acontecimentos lhe marcam e o moldam como homem.
Boyhood se difere por fugir do método tradicional de filmagem e por apresentar um diário da vida real de uma família fictícia, porém que vivem situações cotidianas.
4 – Paixão Inocente (2013)
Do mesmo diretor de “Like Crazy”, Drake Doremus, agora dirigi um dos meus romances dramáticos favoritos. Em “Paixão Inocente”, ele trabalha novamente com a Felicity Jones que vive a Sophie, uma estudante de intercâmbio que residia no Reino Unido e vai passar uma temporada em uma pequena cidade do estado de Nova York, lá quem vai recepcioná-la é uma família bem estruturada, composta pelo casal Keith Reynolds (Guy Pearce) e Megan Reynolds (Amy Ryan) e sua filha, Lauren Reynolds (Mackenzie Davis) que possui praticamente a mesma idade de Sophie. A família acredita estar fazendo um bem em receber a garota, porém não imaginam o quanto essa decisão pode desmoronar e alterar toda a estrutura do lar. Trata-se de um drama cheio de tensão sexual e com uma pitada de suspense que mostra como uma decisão inocente pode mudar a vida de alguém completamente.
3 – Tocados pelo Fogo (2014)
Sabe aquela pedra preciosa que poucas pessoas sabem de sua existência? Essa foi a sensação que tive ao assistir “Tocados pelo Fogo” navegando no catálogo da Netflix. A minha escolha pelo filme foi motivada pela Katie Holmes, que é uma atriz que acompanho desde “Dawson’s Creek”. Logo no inicio do filme você conseguirá se ambientar com a história, mas as resoluções dadas pelo o roteiro não são previsíveis, pois é um filme que te leva à um outro universo testando a sua sanidade e envolvendo você na arte. Tudo isso contando a história de duas pessoas que se conhecem numa ala de um hospital psiquiátrico, trazendo à tona um mundo particular que Marco (Luke Kirby) cria, enquanto Carla (Katie Holmes) o segue, mesmo que sua família e sociedade não aceitem.
https://www.youtube.com/watch?v=SXj2JkkDiiY
2 – Suíte Francesa (2014)
Ambientado na França em 1940, “Suíte Francesa” trata de um tema delicado por si só, “Segunda Guerra Mundial”, já imaginaram as emoções dessas pessoas durante essa época? A opressão? A dúvida sobre se os seus familiares que estão na guerra estão vivos ou mortos?
Todas essas questões são tratadas com sutileza no filme, porém a história é focada em Lucile Angellier (Michelle Williams) que foi obrigada a se casar, e o seu marido foi à guerra e permanece lá como prisioneiro, enquanto o espera ela precisa conviver com a sogra (Kristin Scott Thomas), e perante a isso o vilarejo em que moram começa a ser invadido por soldados alemães, sendo que as pessoas residentes no local precisam abrir as portas de suas casas para receberem os soldados, incluindo o refinado Bruno von Falk (Matthias Schoenaearts) que fica hospedado na casa em que Lucile mora. Com o passar do tempo, afinidades com Bruno começam a surgir e ela se vê tentada pelo desejo, provando que o amor não escolhe quando vai acontecer.
1 – A Caça (2012)
A vida às vezes pode ser cruel, e ela foi com o personagem do Professor Lucas (Mads Mikkelsen) que viu seu mundo desmoronar após uma declaração de uma garotinha que disse ter sido ‘abusada’ pelo professor.
A mentira contada pela menina tomou uma certa proporção pela cidade que o fez perder a guarda de seu filho, sua namorada, seus amigos, sua profissão e sua credibilidade como pessoa. A última vez que eu tinha tido “um embrulho no estômago” foi ao assistir à “Elle” (2016), um filme francês que rendeu uma indicação ao Oscar para a atriz Isabelle Huppert.
Voltando para “A Caça”, este filme dinamarquês aborda um assunto que apesar de divergente também é apresentado de forma crua assim como no longa francês “Elle”. Ao terminar o filme, várias questões vão pairar sobre a sua mente, é um drama que qualquer pessoa na sociedade está sujeita a viver pela falta de empatia.