[Resenha] As Crônicas de Nárnia: O Sobrinho do Mago

Titulo: O Sobrinho do Mago (As Crônicas de Nárnia)
Autor: C. S. Lewis
Gênero: Fantasia/ Ficção
Editora: Wmf Martins Fontes
Páginas: 184

 

Apesar de não ter sido o primeiro livro da série a ser publicado, O Sobrinho do Mago (The Magician’s Nephew – 1955) em ordem dos fatos, é o livro que narra o surgimento de Nárnia.

O livro conta a estória de dois jovens, Digory Kirke e Polly Plummer que certo dia, ao tentarem aventurar-se em uma casa vizinha que estava abandonada, acabaram encontrando uma passagem para uma sala secreta da casa do próprio Digory, onde seu tio André, que acreditava ser um feiticeiro, fazia experiências com anéis que podiam os levar para outros mundos.

Neste livro é apresentado não só o surgimento de Nárnia, mas também como Digory entrou em contato com outros mundos e adquiriu o guarda-roupa; assim também quem foram os primeiros Reis de Nárnia e como a Feiticeira Branca (apresentada como Jadis, Rainha de Charn) despertou.

É interessante como C. S. Lewis, apesar de escrever um livro de fantasia, pegou elementos bíblicos para descrever a criação do mundo de Nárnia. As questões das escolhas dos animais em pares (fêmea e macho), o leão, Aslam, como o soberano e criador, e as tentações e provações que os personagens passam no decorrer da estória, são alguns dos exemplos que fazem referências a criação da terra segundo o cristianismo. O que não é de se estranhar, já que Lewis fazia parte da Igreja Anglicana e através dos seus ideais cristãos introduziu na obra elementos da bíblia.

Mesmo o livro, O Sobrinho do Mago, assim como todas as crônicas lançadas serem voltadas para um público infanto-juvenil, como era a intenção do autor, o livro conseguiu atingir um alcance muito além. As Crônicas de Nárnia se tornou referência, tanto para jovens como para adultos. Abordar valores como amizade, amor, companheirismo, gratidão, bondade, sinceridade, dentre outros, de forma que não torne a leitura enfadonha, não é uma tarefa fácil.

Mesmo depois de anos após sua publicação (aproximadamente 67 anos), As Crônicas de Nárnia, independentemente da idade, ainda consegue prender o leitor com grande mérito.