Crítica: 3% (Netflix)- 3ª temporada

A série nacional pós-apocalíptica da Netflix está de volta em seu terceiro ano, trazendo novos desafios e ameaças aos personagens. O Maralto agora já não é a única alternativa de uma vida melhor para os moradores do Continente, Michele (Bianca Comparato) está a frente da Concha, um local onde todos são bem-vindos e tem a chance de ter um lugar digno para chamar de lar.

Nessa terceira temporada, assim como nas anteriores, 3% traz uma abordagem bastante interessante em relação a maioria dos personagens. E suma, não há mocinho ou vilão, todos são seres humanos que, ao enfrentarem situações que colocam em risco a própria sobrevivência ou as ideologias em que acreditam, precisam tomar decisões muitas vezes questionáveis.

É justamente essa abordagem que cria no público uma relação de amor e ódio com os personagens, os exemplos mais claros são vistos na Joana (Vaneza Oliveira), no Rafael (Rodolfo Valente), na Glória (Cynthia Senek) e na própria Michele.

Outro ponto forte é mérito dos roteiristas, que conseguiram inovar trazendo uma narrativa que mantém os desafios do Processo, mas agora de uma maneira um pouco diferente e graças a isso a série não caiu na mesmice. Vemos também alguns flashbacks bastante importantes para a trama e para o arco de vários personagens.

Quanto a trilha sonora, Elza Soares interpreta mais uma vez e de maneira magnífica, canções fortes e que se encaixam perfeitamente na narrativa.

3% mantém nessa terceira temporada a qualidade e o dinamismo que fizeram da série uma das produções nacionais mais aclamadas da Netflix.

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