Crítica: Case Comigo

Kat Valdez (Jennifer Lopez) é uma estrela musical e noiva de Bastian (Maluma) juntos vão cantar “Marry Me”, single que será lançado diante de uma audiência de fãs em uma cerimônia que será transmitida em várias plataformas.

O professor divorciado de matemática do ensino médio Charlie Gilbert (Owen Wilson) foi arrastado para o show por sua filha Lou (Chloe Coleman) e sua melhor amiga (Sarah Silverman). Quando Kat descobre, segundos antes da cerimônia, que Bastian a traiu com sua assistente, questionando o amor, a verdade e a lealdade sob o palco e acaba cruzando os olhos com um estranho – um rosto na multidão com quem decide se casar.

Jennifer Lopez é um nome consolidado a cantora também atriz, esteve presente em comédias românticas queridas pelo público Encontro com o Amor (2002), A Sogra (2005) e Uma Nova Chance (2018). Já o Owen Wilson é conhecido por seu trabalho na comédia, mas esteve presente em Como você sabe (2010), Meia-Noite em Paris (2011), Um Amor a Cada Esquina (2014) e quanto ao cantor Maluma é estreante nas telonas.

O gênero de comédia romântica serviu muito nos anos 2000, mas após isto, teve poucas oportunidades de ser lançado nos cinemas e a pandemia do covid-19 acabou colaborando ainda mais para termos um romance despretensioso em cartaz. Obrigada, J-LO por este feito, já que Wilson não é tão referenciado no gênero o que não significa que ele não seja talentoso e Maluma pode ter sido escolhido pelo contexto da história e sua popularidade, mas de ator ele ainda passa um pouco distante…

O enredo é impulsivo, o casamento na multidão é até compreensível, pois em tempos de internet, a exposição se tornou um grande negócio. Após a decepção, Kat escolher um parceiro aleatório é algo que foge da curva, mas por se tratar de celebridade (é algo que podemos esperar). Conforme percebemos que é também uma estratégia que a manteve por cima e ainda gerou um burburinho, pois queriam saber como anda o “romance” do casal?

Wilson e Kat são permissíveis ao se conhecerem e ambos vivenciam rotinas completamente divergentes e cada um tempera a vida do outro.

A questão aqui é JLo e Wilson não tem química e não é pela idade, não é pelas as diferenças dos personagem, química é uma coisa que não se explica e um dos maiores fatores motivadores de um filme de comédia romântica é torcer pelo casal e não era apenas com o Wilson que ela não tinha química com o Maluma também não, então teve essa quebra.

Uma questão positiva é a relação de Charlie e Lou (Coleman) ao mesmo tempo em que ele coloca expectativas na garota e a motiva, ela se sente insuficiente e pressionada, é interessante de acompanhar o desenvolver de ambos. E de negativo devo pontuar o roteiro de John Rogers, Tami Sagher e Harper Dill que não sabe brincar muito bem com o “triângulo amoroso” se eles querem que a gente torça por alguém, além de colocar parceiros com química, eles precisam estabelecer a relação de cada um, conhecemos Maluma no momento da traição, mas que tipo de relação ele estabelecia com a Nat para que ela se sentisse dividida? Seria interessante que pudéssemos ter este acesso até para nos envolvermos em outros filmes do gênero como, O Diário de Bridget Jones (2001), por exemplo é bem melhor estabelecido.

Case comigo embala hits, entre eles, “Love of My Life” e “On My Way”, além de “Marry Me”, em parceria com Maluma. Mas, não é apenas de hits que é feito uma boa comédia romântica que o gênero não é tão inventivo já sabemos, mas ele precisa mexer com nossos corações, de verdade. E como eu adoro acompanhar um filme água com açúcar no cinema espero que este possa abrir portas para novas produções mais inspiradas.