Crítica: Freaky – No Corpo de um Assassino

O meu primeiro contato com o trabalho de Christopher Landon foi no filme Paranoia (2007), ele também assumiu a franquia Atividade Paranormal a partir do segundo filme, ele também roteirizou a série Viral (2016) e A Morte Te Dá Parabéns (2017) um dos filmes mais criativos dos últimos tempos, a mistura de Feitiço no Tempo (1993) e Pânico (1996) e resultou em um terrir mais lucrativos. Mas, o que é terrir?  O termo Terrir é exclusividade da língua portuguesa. É a mistura de comédia com Terror e Freaky – No Corpo de um Assassino é um resultado dessa mistura.

Na trama, Millie Kessler (Kathryn Newton) de 17 anos, está apenas tentando sobreviver aos corredores sanguinários do Colégio Blissfield e à crueldade da multidão. Mas, quando ela se torna o mais novo alvo do carniceiro (Vince Vaughn), o infame serial killer de sua cidade, seu último ano de escola se torna o menor de suas preocupações. Quando a adaga mística do carniceiro faz com que ele e Millie troquem de corpos, Millie descobre que ela tem apenas 24 horas para recuperar seu verdadeiro corpo antes que ela fique presa no corpo do carniceiro de meia-idade para sempre.

Conheço a Kathryn Newton das séries Big Litle Lies (2017-2019) e The Society (2019) e nas duas ela faz o papel de boa moça, mas posso dizer que já a quero ver mais como vilã, ela acertou o tom e a fez uma troca de corpos bem sucedida Vince Vaughn, o ator tinha o timming correto e entregou um dos seus melhores momentos da carreira. A Millie vai precisar dos seus amigos para poder retormar o seu corpo, e as cenas do Josh (Misha Osherovich) são muito engraçadas, a Nyla (Celeste O’Connor) é o senso de realidade e o Booker (Uriah Shelton) é seu crush, é um filme que trabalha com arquétipos dos personagens, atualizados com os dilemas da nova geração. E um fato curioso é que parece que estamos ambientados em A Morte te dá Parabéns e que a Tree vai aparecer para ajudar aqueles amigos a saírem daquela situação, imaginaram esse crossover?

A diversão de um slasher movie é garantida, é criativa e com serra elétrica, gancho e tudo que você imaginar, uma aposta em humor leve, com piadas que tiram sarro das situações vividas pelas personagens e do próprio gênero de horror em si, apostando em naturalidade e previsibilidade.

Freaky é uma aposta da Blumhouse que é mais sanguinolento e apresenta uma jornada de uma protagonista com uma áurea mais cinza, porém que no final conseguiu com os fatos que vivenciou passou a enxergar em si mesma seu potencial e enfrentar seus próprios medos.