Crítica: Game of Thrones – 7ª temporada

Contém spoiler.

A estreia da 7ª temporada de Game of Thrones causou alvoroço nos fãs logo na primeira cena. Arya Stark –  interpretada com um desempenho fora de tamanho por Maisie Williams – completou sua vingança em nome da casa Stark, se passando por Walder Frey em uma manobra inesquecível, onde assassinou todos os Frey que foram aliados no massacre do Casamento Vermelho.

Ainda era cedo para saber, mas esse foi o primeiro passo para que os irmãos Stark se reencontrassem mais a frente.

O ritmo dos acontecimentos dessa temporada causou estranheza aos fãs acostumados com o desenrolar mais lento habitual da série. Alguns episódios incluíram batalhas e viagens que anteriormente demoraram quase uma temporada toda pra acontecer. Mas a agilidade afinal, é um indício de que a trama esta caminhando para seu encerramento.

O encontro da Jon Snow e Daenerys Targaryen finalmente aconteceu e com isso, a aliança para derrotar o exército dos mortos. Tivemos o retorno de dois personagens que se juntaram a  Jon e Daenerys e deverão ter papéis importantes na última temporada.

Sor Jorah, que saiu em busca de uma cura para a escamagris encontra sua salvação na Cidadela, vinda das mãos de ninguém menos que Sam Tarly. Nesse ponto, um malefício no roteiro: a doença que até então era incurável e fatal, acabou tendo uma cura encontrada fácil demais. Deveria ter recebido mais atenção.

Gendry, o bastardo de Robert Baratheon, visto pela última vez na terceira temporada, é encontrado por Sor Davos e decide ajudar na luta contra os white walkers. Um detalhe importante sobre o personagem é que ele foi treinado por um dos únicos ferreiros capazes de forjar aço valiriano, metal que pode destruir os walkers. Provavelmente na última temporada essa capacidade de Gendry seja explorada.

O encontro de Jon e Daenerys serviu para gerar ainda mais especulações sobre a verdadeira origem do bastardo, que foi revelada no último episódio com um detalhe ainda não previsto: O nome verdadeiro de Jon Snow é na verdade Aegon Targaryen.

Gilly, a esposa de Sam, já havia descoberto sobre a anulação do casamento de Rhaegar Targaryen com Elia Martell e o segundo casamento do príncipe com Lianna Stark, torna Jon herdeiro legítimo do trono.

Racionalmente, o melhor é não torcer para que Jon assuma o trono, tendo como base seu histórico de decisões ruins. A pior, partiu da ideia de levar um walker para convencer Cersei de uma trégua e resultou na morte do dragão Viserion, que foi trazido de volta pelo Rei da Noite e utilizado para derrubar a muralha.

Crítica: Game of Thrones - 7ª temporada

No fim das contas, de nada adiantou levar o walker até Cersei. A rainha conseguiu enganar a todos, inclusive Jaime, ao fingir que enviaria seu exército para lutar ao Norte, mas na verdade articulou uma conspiração com Euron Greyjoy.

Entre todas as temporadas de Game of Thrones, essa teve o menor número de mortes de personagens regulares, mas em contra partida, presentou os fãs com uma das mortes mais aguardadas e de uma maneira imensamente satisfatória. Mindinho finalmente encontrou seu fim, sentenciado à morte por Sansa e com a garganta cortada por Arya. O personagem da adeus a série em uma sequência com diálogos excepcionais e prazerosos e uma ótima atuação do elenco.

Pode-se dizer que a temporada começou e se encerrou em grande estilo. Com exceção do sexto episódio – um dos mais criticados pelos fãs – a trama foi muito bem orquestrada, mantendo diálogos ricos e com detalhes importantes, além, é claro, do humor ácido característico do show.