Seis anos após a estreia de Halloween 5 – A Vingança de Michael Myers, uma sequência da franquia chega aos cinemas para tentar repetir o sucesso que o icônico assassino Michael Myers obteve em sua primeira aparição em 1978, dessa vez com direção de Joe Chappelle. Infelizmente o filme não funcionou como o esperado.
A trama se inicia com a cena de uma seita e uma mulher dando a luz em um hospital macabro, logo descobrimos que se trata de Jamie Lloyd, a sobrinha de Michael Myers. Com a ajuda de uma enfermeira, Jamie pega seu filho recém nascido e consegue fugir desse hospital onde era mantida refém, mas atrás dela está Michael, que também estava sendo mantido preso no mesmo hospital.
O bebê de Jamie acaba indo parar em Haddonfield, nas mãos de Tommy Doyle (Paul Rudd), o vizinho de Laurie Strode que presenciou os assassinatos de Michael no primeiro filme da franquia. Já adulto, Doyle se tornou fissurado pelo assassino e para proteger o bebê, se junta com Kara (Marianne Hagan), uma jovem mãe solteira que mora com sua família na antiga casa de Michael.
Tudo isso acontece logo nos primeiros minutos do filme, inclusive a volta do Dr. Samuel Loomis (Donald Pleasence) para Haddonfield, que vai até a cidade desconfiando que Michael tenha retornado para fazer mais vítimas durante a noite de Halloween.
É boa a intenção do diretor em tentar ligar essa trama com os acontecimentos anteriores, mas a maneira como foi executada acabou se mostrando um pouco confusa. Em especial a questão da seita que foi inserida pela primeira vez nesse filme e acaba não convencendo.
O que funciona bem é o clima de suspense, a sensação de expectativa e de medo que a trama desperta no espectador durante a espera pelos próximos movimentos de Michael. Os assassinatos também são bastante cruéis e brutos, do jeito que os fãs desse estilo esperam.
As atuações são medianas e quem mais se destaca no elenco é Devin Gardner, que na época do filme tinha 8 anos e interpreta o filho de Kara, Danny, um personagem que aparenta ter alguns distúrbios psiquiátricos. Uma curiosidade sobre o elenco é que o ator Paul Rudd, atual intérprete do Homem Formiga,estreou como ator nesse filme.
De um modo geral, na ânsia de querer inovar, Halloween 6 – A Última Vingança acaba se mostrando pouco envolvente e até confuso. A trama tem ritmo parecido com o do primeiro filme, mas não convence.
Aliás, algo que chamou bastante atenção de forma negativa é que Michael é mostrado como quase que um imortal, ele chega a ser baleado, atingido na cabeça por um extintor de incêndio e nem ao menos desmaia. Mas, para finalizar com um ponto positivo, a caracterização de Michael é um ponto a ser elogiado, sua máscara se assemelha bastante com a apresentada no primeiro filme da franquia e já isso deixa uma boa sensação de nostalgia e medo ao rever o assassino em ação.
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