Crítica: Halloween – O Início (2007)

“Halloween – O Início” é um remake do clássico de 1978, no qual vamos conhecer a origem de Michael Myers, um assassino em massa, mas que não deixa de ter uma história.

O roteiro de Rob Zombie nos revela detalhes sobre a infância de Myers, aos 10 anos de idade, quando o garoto vivia com a sua família desestruturada e sofria bullying na escola, a partir disso ele já começava a dar os primeiros sinais de que precisava de ajuda psicológica, mas nada foi feito. O seu núcleo familiar era composto pela mãe Deborah (Sheri Moon Zombie), uma strip, a irmã Judith (Hanna R. Hall), uma adolescente chata e que não respeitava ninguém, o padrasto Ronnie (William Forsythe), um homem machista, inconveniente e que tratava todos mal, e por fim, a irmãzinha de Michael que ainda era bebê.

Crítica: Halloween - O Início

As primeiras vítimas do assassino são os seus familiares e os colegas que praticavam bullying. Ao ser internado em um hospital psiquiátrico, ele recebe tratamento do Dr. Loomis (Malcolm McDowell) e esse primeiro momento do filme foca na construção psicológica de Michael e mostra como ele se transformou no psicopata que nós conhecemos.

Por ser um longa de 2007, temos que levar em consideração que era o ápice de filmes como “Jogos Mortais” (2004) e “O Albergue” (2005) então existem vários momentos de violência gráfica, além daquela clássica parada para ir ao banheiro que também acontece em “Rota Mortal” (2006).

Durante toda a primeira parte do filme nós acompanhamos os primeiros sinais de psicopatia de Michael e o desenrolar de seu tratamento na clinica, até que 15 anos depois ele consegue fugir do local. No entanto, quando ele finalmente se liberta começa o grande problema do roteiro, pois ele tenta reconstruir o clássico de John Carpenter e termina ficando brega e exagerado.

A fotografia da produção é digna da filmografia de Rob Zombie, optando por alternar variados estilos de filmagens que dão o ritmo insano da obra, começando com um tom de drama psicológico e gradativamente embarcando na adrenalina e horror ao invés do suspense clássico da franquia.

O filme utiliza a trilha sonora original, mas a mesma quase passa despercebida, pois não se encaixa com as cenas representadas e em outros momentos a sensação é de que os gritos acabam por abafar a música.

“Halloween – O Início” poderia ter focado apenas na origem do personagem que é bastante interessante e deixado de lado o seu compromisso de refilmar o primeiro filme. O longa ainda conta com um roteiro cheio de furos e um elenco esquecível, é aquele caso que começa bem e vai ficando ruim com o desenrolar da narrativa.