Samara voltou! Tudo começou com o anúncio das filmagens, em seguida, a mudança de título que pela lógica seria “Chamados 3”, mas passou a ser “Chamados” dias depois foi lançando o trailer, uma semana antes do lançamento do filme foi modificado e terminou como “O Chamado 3” sem contar os adiamentos do projeto que mesmo estando pronto não entrava em cartaz.

A história gira em torno do casal Júlia (Matilda Lutz) e o namorado Holt (Alex Roe) que faz parte de um grupo na universidade que estuda a maldição de Samara e muda o comportamento até que sua namorada decide ir até lá para checar o bem estar do rapaz. Ao perceber que ele está amaldiçoado para que ele sobreviva ela assiste ao vídeo, e passa a ter apenas sete dias de vida, em meio a isso tudo Júlia precisa sobreviver às aparições e desvendar o que a garota está tentando dizer.

No elenco temos a Matilda Lutz que faz o seu melhor, é perceptível que está envolvida com o projeto, já Alex Roe é mediano, pois de certa forma o material prejudicou a seu trabalho. A atuação mais marcante é a de Vincent D’Onofrio que sempre apresenta um trabalho dedicado e competente, assim como em Jurassic World (2015) e Demolidor (2015).

O filme conta com uma direção de arte que não só não traz nenhum elemento narrativo como também falha em nos mostrar mais da personalidade dos cenários e do figurino dos personagens, sendo totalmente apático e sem o menor charme na produção, o que por vezes atrapalha a imersão nesse universo de terror.

Com uma escolha de paletas de cores duvidosas que por vezes lembram mais uma ficção científica e em outros momentos se parece mais com um romance, ela se mostra não só sem criatividade como também desconexa com o tom do longa, não sabendo adequar-se à narrativa, além disso ela erra realmente feio quando desenvolve cenas pavorosas com ângulos de câmera malfeitos e movimentos desnecessários fazendo O Chamado 3 ganhar ares de um filme trash e perdendo todas as oportunidades de dar sustos e de causar medo em seu público, falhando até na hora de manter uma dinâmica visual agradável para a trama.

Por sua vez, o chamado não é um filme completamente dispensável, conhecemos mais um pouco sobre o universo de Samara que se atualiza, pois na época em que foi feito, ele era em VHS, hoje estamos na era digital e o vídeo de dois minutos que pode mudar a sua vida, é acrescentado na plataforma moderna, com apenas algumas regras adicionais.

Apesar da primeira cena tentar explicar a dinâmica da história com intuito de “refrescar a nossa memória” de forma completamente dispensável e desconexa com todo o resto do filme, o roteiro ainda não decepcionada por completo, apresentando uma trama comprometida que tenta ao menos fechar as lacunas que abre.

No entanto, O Chamado 3 estava na lista dos filmes de terror mais esperados do ano, carregando uma grande responsabilidade que apesar de não decepcionar por completo, não chega a assustar sendo esse um ponto negativo a ser ressaltado, pois como consequência não permite que você se sinta tão envolvido na história como no primeiro filme da franquia.