Liam Neeson é querido entre jovens e adultos, após o sucesso de Busca Implacável, o ator engatou em diversos filmes de ação, como Desconhecido, Sem Escalas Noite sem Fim, todos em parceria com o Jaume Collet-Serra. Agora, em seu novo filme, intitulado O Passageiro, Liam vive Michael, um vendedor de seguros que vê a sua viagem diária de trem para o emprego transformar-se em uma perigosa conspiração criminosa que coloca em perigo a sua vida e a dos demais passageiros.

O filme começa apresentando os personagens para que possamos entender um pouco da motivação de cada um deles, principalmente Michael muito bem interpretado por Neeson, que está à vontade no papel, esbanjando a sua ótima forma e se mostrando um dos melhores atores do gênero de ação. Já a atriz, Elizabeth McGovern, faz o papel de sua esposa e a explanação da rotina do casal é um detalhe importante que deixa a história mais rebuscada.

Crítica: O Passageiro

O elenco ainda conta com Patrick Wilson, que vive Alex, o antigo parceiro de trabalho de Michel. A cena do encontro dos dois em um bar mostra o vínculo forte entre ambos, e neste mesmo local também somos apresentados a Joanne (Vera Farmiga), a ex-chefe de Michael, que o oferece o valor de US$100 mil para que ele realize uma missão, aparentemente simples, mas que acaba custando a segurança de muita gente, inclusive a de sua família.

A história acaba sendo prejudicada por conta de seu roteiro fraco que não se sustenta, mas em compensação, as cenas de ação são bem equilibradas, sendo que a grande maioria acaba funcionando dentro do que é proposto. Há um momento em especial, no qual o personagem de Liam precisa ficar embaixo do trem, próximos dos trilhos. É uma sequência extremamente tensa e que deixará qualquer um com o coração acelerado enquanto assiste.

A fotografia propõe uma boa escolha de planos que criam um forte dinamismo para a estética de thriller que o filme carrega, no entanto, é apenas funcional, não trazendo muita originalidade para a produção. O mesmo pode-se dizer das cores, trabalhando-se aqui com tons de cinza e um ar soturno repleto de sombras, quase no mesmo estilo da franquia Busca Implacável.

Os figurinos, apesar de um tanto padronizados, cada qual apresenta o básico sobre a personalidade de seus personagens, contudo, o cenário se torna um ponto forte, pois desenvolve bem o conceito limitado e claustrofóbico do trem, aproveitando os vários detalhes do local para complementar a narrativa agitada que predomina durante o filme.

O Passageiro peca em seus desvios narrativos e para quem já conhece a parceria entre Liam Neeson e o diretor Jaume Collet-Serra pode se preparar, pois esse longa não vai além do que já foi feito pela dupla anteriormente. No entanto, o filme ainda cumpre o que promete, entregando uma boa ação com algumas doses de suspense.


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