Crítica: Space Jam: Um Novo Legado

Space Jam: Um Novo Legado é a continuação do clássico dos anos 90 que agora contará com todo o multiverso de produções no estúdio e será estrelado por LeBron James ao lado dos Looney Tunes.

Durante uma viagem aos estúdios Warner Bros., o superastro LeBron James e seu filho acidentalmente ficam presos dentro de um mundo com várias histórias e personagens da companhia, sob o controle de uma força poderosa e conturbada chamada Al G (Don Cheadle).

Com a ajuda de Pernalonga, LeBron deve navegar através de um universo recheado de cenas de filmes icônicos e personagens conforme reúnem os Looney Tunes para resgatar o filho perdido. Para voltar para casa, LeBron e a turma devem desvendar o misterioso plano de Al G e vencer um épico jogo de basquete contra versões de game de lendas da NBA.

Space Jam bebe da mesma fonte do original, isto que dizer que certamente quem gostou do primeiro deve se diverti nessa aventura, mas quem não conhece pode ficar um pouco perdido com a desenvolta, sabem que estamos na moda do Multiverso, né? Após o sucesso, dos universos dos super-heróis, até o gênero de terror acabou entrando nessa com Invocação do Mal (2013) do diretor James Wan tem uma ordem cronológica e repleto de conexões dois precedentes fundamentais para criar as ligações que a gente ama acompanhar. Aqui, o interesse claro é viajar pelos estúdios da Warner Bros, e o filme passeia por vários universos, o interesse conhecidos e que geram a identificação do público e nem sempre isso acontece, pois algumas inserções não acrescentam a narrativa.

LeBron James interpreta ele mesmo, mas ele tem um timing cômico para entregar algo dentro da proposta do filme, já o garoto Cedric Joe que vive o seu filho Dom não consegue emitir muita expressão e fica abaixo ao contracenar com o seu pai e com o Al-G Rhythm (Don Cheadle) que acabou de ser indicado “Melhor ator convidado em uma série de drama” por sua participação em Falcão e o Soldado Invernal, da plataforma Disney+.

Já a parte animada do filme é muito legal, trazer Pernalonga, Patolino, Piu-Piu, Lola Bunny, Frajola, Gaguinho e todo o universo Looney Tunes que são muito carismáticos e ao aparecerem na tela bate uma saudade da infância, um ponto positivo para a dublagem, principalmente do Pernalonga feita por Alexandre Moreno que agrega muito ao personagem.

Mas, preciso dizer que o tempo do filme é um pouco mais longo do que deveria ser, e ele tem umas pausas para os acontecimentos fazendo com que se perca um pouco da dinâmica, talvez justificada pelos excessos, o que pode atrapalhar um pouco a experiência.

O filme apresenta um visual frenético até que interessante e o design e animação dos Looney Tunes é bem modelado como um CG que emula muito bem desenhos animados clássicos em 2D. Porém, quando tem que ligar o time rival Goon Squad, a produção optou por muito exagero em inimigos genéricos e cheios de superpoderes, que não funcionam e destoam do aspecto do clássico de vermos um filme híbrido de live-action e animação.

Space Jam: Um Novo Legado perde no aspecto emocional e pelo exagero, mas aos fãs de basquete, nostalgia e Looney Tunes deve ganhar os corações, com certeza.