“And once we’re in enemy territory, as a bushwhackin’ guerrilla army, we’re gonna be doing’ one thing and one thing only… killin’ Nazis. Now, I don’t know about y’all, but I sure as hell didn’t come down from the goddamn Smoky Mountains, cross five thousand miles of water, fight my way through half of Sicily and jump out of a fuckin’ air-o-plane to teach the Nazis lessons in humanity. Nazi ain’t got no humanity. They’re the foot soldiers of a Jew-hatin’, mass murderin’ maniac and they need to be dee-stroyed. That’s why any and every every son of a bitch we find wearin’ a Nazi uniform, they’re gonna die.” Aldo Raine.
Em mais umas de suas cinematografias,Tarantino consegue surpreender a visão do público com esse novo roteiro magnífico por assim dizer.Bastardos inglórios é um conceito usado pelo diretor do cinema italiano que havia dirigido o próprio bastardos inglórios ,então essa versão do Tarantino nada mas é do que uma épica adaptação ,mas o crédito está inteiramente a nova versão de Tarantino.
Durante a Segunda Guerra mundial,na França invadida pelos nazistas ,os bastardos são selecionados para espalhar medo para aqueles que impuseram as duras regras do terceiro reich .A missão do grupo,liderado pelo visceral tenente Aldo Raine (Brad Pitt), é escalpelar e exterminar brutalmente os nazistas ,sem medir consequências.
Dirigido por Quentin Tarantino (kill bill, Pulp fiction),bastardos inglórios remonta o intempestivo período do nazismo alemão sob o ponto de vista de um grupo de soldados um pouco diferente dos demais .Eles são sanguinolentos,frios,pragmáticos e expressivos.
O roteiro assim como em kill bill é separado em capítulos deixando com que o clima seja algo aconchegante para o leitor,os capítulos são separados em partes e as partes são administradas em uma inclusão de sentidos de animosidade ,controle,ódio,carnificina,apesar da narrativa ser um pouco maçante ela acaba integrando ao leitor para algo visivelmente interativo,pois as palavras em si são atribuídas a uma história ,principalmente no primeiro capítulo ,onde a razão de agonia é mostrada com bastante vigor.
A segunda parte mostra como os soldados judeus nativos americanos são subjugados como os próprios Bastardos inglórios,eles exercem um papel contraditório na história, ao qual são os judeus que menosprezam os nazistas ,mostrando uma ideia errônea da segunda guerra, Tarantino mostra essa obra odionda através de simbolismos ,como no primeiro capítulo,esse segue um raciocínio de maus ,uma graphic novel ,sobre o período ditatorial de Hitler,ao qual o general Hans landa demonstra como são os judeus comparando os perfeitamente com ratos, e os nazistas como águias ,a comparação jazem os instintos dos animais comparando os com o mesmo,os nazistas são o alto nível de aglomeração de raças ,são astutos e rápidos e o os judeus com seus comportamentos fugitivos ,escusos e insociáveis de lugares públicos.
É legal ver a cronologia linear perante a motivação .O roteiro é antigo. Há uma década Tarantino trabalha em cima dele. Pensou até em transformá-lo numa série para TV. Se temos o privilégio de vê-lo na tela grande, devemos agradecer a Luc Bresson que falou para Tarantino que ele era um dos poucos que ainda o estimulavam a ir ao cinema.
Em Kill Bill Vol. 2 notávamos um equilíbrio entre ação e momentos mais contemplativos; em Bastardos Inglórios fica claro o amadurecimento do estilo de Tarantino. As cenas de ação e violência estilizada estão lá. Mas também há muitos momentos de diálogos e de silêncios .A frivolidade nos diálogos os falsos argumentos deixavam com que a ação fosse reflexiva ao invés de jogada,o silêncio é uma dádiva dos inocentes.
Esses instantes de silêncio geram o suspense. Como no almoço em que se acerta a premier do filme. Sempre que a câmera focaliza o rosto de um dos atores ou a expressão de tensão de Shossana ficamos na expectativa de saber se a verdadeira identidade dela será descoberta. Ponto especial para Sylvester Groth que interpreta Goebbels. Nessa sequência, ele altera diversos estados de espíritos, da excitação à raiva. Insuperável o momento em que ele canta.
Outras pérolas de atuação: Martin Wuttke como um Hitler mais cômico que o normal; Eli Roth como um Bastardo especialista em “baseball” e Mike Myers como um general inglês, conseguindo equilibrar o cômico e o dramático.
O cenário ajuda inteiramente a abrir um vazio da bucolidade do cenário francês ,onde uma França ocupada poderia ser tão atribulada, já que seus títulos são de pacificadores .O dia D,na Normandia ,foi o principal acesso pra Tarantino exercer a vingança do derrotados de última hora dos ,os bastardos foram a margem da agonia explicita na guerra ,a contradição se transforma em uma carnificina de escalpos dos sangues jogados e dos rostos desfigurados dos remanescentes ,mas uma vez a ação do cult exercido ,mas por uma obrigatoriedade ,o cômico torna-se a razão principal ,deixando com que a agonia e a violência explicita sejam relevadas no padrão de psicopatia possível.
Personagens fortes à bucolidade o roteiro interagível ,são as questões que se tem sobre esse épico adaptável.