Crítica: Bandido – O Rei da Música

Bandido – O Rei da Música é um drama intimista e cotidiano de Luciano Juncos que narra os dias de um músico em crise lidando com situações humanas e relacionáveis.

Roberto Benítez, conhecido artisticamente como Bandido, é um cantor de música popular argentina que entra em crise quando atinge a meia-idade e vê sua carreira estagnada.

Quando ele vira vítima de um crime, alguns vizinhos o ajudam, entre eles Rubén, um velho amigo que o acompanhou em seus primeiros anos de carreira.

Com a companhia do amigo, Bandido enfrenta seus fantasmas e descobre uma nova oportunidade de reencontrar em si mesmo e na música a sua verdadeira paixão.

A produção explora muito a humanidade de Roberto Benítez que se desenvolve muito mais por sua figura pessoal do que pelo seu status de artistas, claro que percebemos certa sombra de quem ele já foi para muitas pessoas, mas acaba sendo um elemento secundário para o drama da história.

A trama se utiliza de forma bem interessante desse episódio criminal em sua vida para trabalhar como ele pode ser próximo de pessoas comuns, o ator Osvaldo Laport traz uma grande performance e oferece ao público momentos comoventes, enquanto personagens inéditos e velhos cruzam no seu caminho.

A direção de Luciano Juncos mesmo não sendo tão inspirada consegue extrair muito o que se precisa do roteiro e trazendo uma condução às vezes até mesmo um tanto intimista que auxilia para criar uma conexão com um músico passando por dificuldades e redescobrindo sua paixão, mas em meio a uma jornada emocional nos revela quão humano ele é em seu cotidiano.

Bandido – O Rei da Música é uma produção focada em pequenas relações e na sombra que paira sobre aquele que já foi um grande músico, agora vivendo como uma pessoa simples e lidando com seus próprios problemas, enquanto caminha para resgatar a sua paixão e a sua vida.

O filme está disponível no Cinema Virtual.