Crítica: A Loucura Que Nos Une

A Loucura Que Nos Une é um dos filmes que o streaming Cinema Virtual traz entre os dias 29 de abril e 12 de maio com o “Festival Grandes Momentos – Maiores Sucessos” pelo preço promocional de R$ 19,90.

A trama de A Loucura Que Nos Une acompanha Viktoria (Lisa Carlehed) que é uma pesquisadora que investiga suicídios. Convidada a ir a um hospital psiquiátrico para ajudar a tratar Jenny (Victoria Carmen Sonne), uma paciente sobrevivente que resistiu a todas as formas anteriores de tratamento, elas formam um forte vínculo e Viktoria se abre para experimentar a proximidade com outra pessoa. Porém, quanto mais próximas ficam, mais ela percebe que talvez a ideia não seja tão boa assim.

A câmera do filme passeia pelo cenário do hospital psiquiátrico com certa frieza ao mesmo tempo que encontra um sensibilidade em seus personagens, há um constante sentimento de claustrofobia e desconforto pelo local sem precisar apelar para qualquer exposição de diálogos ou qualquer outro artificio de cinema para simplificar a narrativa.

No decorrer da história fica ainda mais claro o quão perdida está Jenny dentro não só do hospital, mas imersa em suas próprias perturbações o que gera sempre uma relação entre ela e Viktoria que é próxima e distante ao mesmo tempo, o que acaba por oferecer muitas cenas impactantes.

A direção de Marie Grahtø Sørensen é bem cautelosa na forma como aborda essa relação necessária e perturbadora entre a pesquisadora e a paciente usando takes lentos que aproveitam as nuances discretas nas atuações das atrizes Lisa Carlehed e Victoria Carmen Sonne.

Ambas transparecem muito bem os sentimentos tanto externos como internos das duas, o que oferece uma construção delicada das emoções entre elas sem nunca nos fazer esquecer de como esse cenário segue ao redor as oprimindo com sua aura apática, além de conseguirem ter uma boa química mesmo com atuações e intensidades totalmente opostas na trama.

O roteiro da diretora Marie Grahtø Sørensen também explora constantemente uma tensão romântica e sexual que conforme o filme passa por estados de caos e calmaria através do tema de suicídio nos revela uma união sensível entre as duas encontrando uma certa beleza, porém ao mesmo abre um caminho de insanidade da pesquisadora Viktoria dentro desse hospital.

Uma produção com um ritmo suave e que aos poucos fará o público ficar imersivo seja pelo hospital e as diversas pessoas peculiares que estão ali ou pela afeição bonita que foi sendo construída e lapidada entre Viktoria e Jenny.

A Loucura Que Nos Une é um filme sobre como relações podem se formar em lugares confusos e perturbadores, além de abordar sobre como a atmosfera desses hospitais podem ser tão benéficas como malignas devido a total apatia e frieza.

Para assistir aos filmes, o público pode acessar a plataforma pelo NOW ou escolher a sala de exibição preferida em http://www.cinemavirtual.com.br e realizar a compra do ingresso.

Os títulos ficam disponíveis durante 72 horas após a compra para até três dispositivos.