Crítica: Medo de Amar (Philophobia)

A plataforma de streaming Cinema Virtual realiza, entre os dias 29 de abril e 12 de maio, o Festival Grande Momentos – Maiores Sucessos, trazendo de volta à plataforma Medo de Amar (Philophobia), vencedor de treze prêmios internacionais, entre os quais o San Diego International Film (2019) e o London Independent Film (2020).

Um filme britânico que fala do amor e das perdas experienciadas por um grupo de jovens. Na trama, Kai (Joshua Glenister) é um jovem aspirante a escritor que viveu toda a sua adolescência em uma pequena cidade no interior da Inglaterra, e agora está aproveitando sua última semana do colégio com seus amigos Megsy, (Jack Gouldbourne) e Sammy (Charlie Frances).

Este recorte do ensino médio é repleto de questionamentos, Kai, Megsy, e Sammy ao mesmo tempo em que se sentem presos na cidade, vislumbram a possibilidade de saída para correr atrás de seus sonhos. Claramente, Kai está a um passo à frente dos seus amigos, ele é mais maduro, e parece ter um objetivo traçado, o de escrever e logo a sua boa escrita é notada por seu professor que aconselha o garoto a vivenciar as experiências para construir suas próprias narrativas.

E não tem experiência que Kai mais almeje do que Grace (Kim Spearman) a sua vizinha, colega de turma, linda, problemática e perdida e autodestrutiva. Ela também está em um relacionamento exatamente tóxico com Kenner (Alexander Lincoln) que a maltrata, a trai e parece cultivar uma espécie de sentimento doentio pela moça, a presença dele ocasiona medo não apenas a Grace, como a Kai e seus amigos que precisam lidar com seu jeito violento e destemido.

O que é mais interessante na história criada por Matthew Brawley são as relações, caso você já tenha vivido, a fase da adolescência, não terá como passar imune sem sentir um sentimento de nostalgia. A transição entre a adolescência e a fase adulta, costuma exigir muitas decisões, é momento que somos tomados por vários sentimentos, o Kai sofre com a paixão avassaladora por Grace, que o atrapalha a viver momentos com seus amigos, e também o questiona de como forma ela se encaixaria em sua vida, uma vez que ele pretende sair da cidade, após o término de seus estudos, mas uma coisa é certa, a vivência com Grace o fará crescer.

O período é de descobertas, de temer o desconhecido, de experimentar, de viver momentos que vão ficar marcados por toda vida são feitos bem conduzidos na direção de Guy Davies com um equilíbrio funcional entre a comédia e o drama, em alguns momentos a cabeça de Kai e relação de Grace com seu namorado nos levam para lugares sombrios, em outros momentos, a descontração entre os amigos, as festas trazem uma pitada de leveza, mas no geral é entregue um bom material que pode ser conferido no Cinema Virtual em http://www.cinemavirtual.com.br e realizar a compra do ingresso.